O presente estudo tem como objetivo relatar a experiência vivenciada no tratamento de incontinência urinária em uma idosa de 71, pós histerectomia total devido a quadro de câncer de colo de útero e seu respectivo tratamento, através da abordagem prática educativa com orientações e o treinamento muscular do assoalho pélvico, mais conhecido como Protocolo de Kegel. Conduzido por uma fisioterapeuta na Atenção Básica de Saúde, do Município de Algodão de Jandaíra – PB, trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de experiência, onde inicialmente foram utilizados 3 instrumentos para avaliação: uma ficha de avaliação sociodemográfica e clínica em urologia constando dados como anamnese, e achados relacionados ao exame físico do assoalho pélvico, o segundo a Escala de Oxford Adaptada que avalia dados relacionados a funcionalidade do assoalho pélvico. A paciente apresentou queixas e achados importantes a respeito da funcionalidade do assoalho pélvico e da repercussão disso na sua qualidade de vida e nas suas atividades da vida diária. Após essas avaliações a paciente iniciou o tratamento, realizado duas vezes por semana, por um tempo de 40 min, durante um período de 3 meses. A conduta realizada, consistiu em orientação e conscientização a respeito do próprio corpo, através de imagens e conversas e exercícios cinesioterapêuticos associados a contração da musculatura pélvica, baseados no protocolo de Kegel. Foi submetida a reavaliação após 3 meses de atendimento para avaliar a evolução. Este estudo apresentou os benefícios de uma abordagem prática e educativa de baixo custo voltada para o fortalecimento dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP), apresentando evidente mudança da funcionalidade dos músculos perineais e modificando também a interferência que antes havia nos aspectos social e pessoal. Estes achados norteiam as práticas dos profissionais da área da saúde, sobretudo na Atenção Básica à Saúde, trazendo evidências efetivas no campo da Gerontologia.