Introdução: Dentre os fatores que influenciam uma velhice saudável estão a qualidade da alimentação diária, o estado nutricional pregresso e atual. A nutrição desempenha papel proeminente, afetando uma variedade de processos degenerativos relacionados à idade. A velhice prematura é causada muitas vezes pelos erros e absurdos da má alimentação. A transição nutricional, caracterizada por mudanças no estilo de vida e no hábito alimentar, tais como maior consumo de alimentos industrializados, alimentação fora de casa e substituição de refeições por lanches, tem sido observada tanto no âmbito nacional como mundial. Objetivo: Investigar a diferença no consumo alimentar durante o café da manhã, almoço e jantar de idosos e jovens universitários. Metodologia: Trata-se de um estudo de caráter transversal realizado com 168 sujeitos, sendo 84 pertencentes ao Grupo de Jovens (GJ) e 84 do Grupo de Idosos (GI). O GJ possuía de 20 a 30 anos de idade, enquanto que os idosos tinham idade superior a 60 anos. Os sujeitos possuíam capacidade cognitiva preservada. Para coleta de dados utilizou-se um questionário subjetivo com indagações sobre o que compunham suas refeições: café manhã, almoço e jantar. Os alimentos foram classificados perante números, sendo: o número 1 equivalente a alimentos que continham cereais, pães, tubérculos e raízes; o número 2 para verduras, legumes e frutas; 3 para leites, queijos, iogurtes, carnes, ovos e feijão e o número 4 para óleos, gorduras, açúcares e doces. Realizou-se o teste de Wilcoxon para variáveis nominais. Foi adotado nível de confiança de 5%. Estes procedimentos foram realizados no software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS)19.0. A pesquisa recebeu parecer favorável em 29 de dezembro de 2012 pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de João Pessoa/PB. Seguiu os princípios da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Resultados: Os indivíduos do grupo jovem possuíam 23,4±6,5 anos, sendo 85,7% (72) do sexo feminino, os idosos tinham 68,1±7,8 anos e 86,9% (73) do sexo feminino. Ao analisar o consumo alimentar, observa-se uma maior ingestão de alimentos do grupo 1 para o café da manhã; para o almoço os elementos constantes no grupo 3 e para o jantar os alimentos do grupo 1 tanto em idosos como nos jovens. Destaca-se o elevado consumo de carboidratos e laticínios. Observa-se diferença estatística (p<0,005) entre os sujeitos do estudo no que diz respeito ao consumo de alimentos do grupo um e dois para o café da manhã e no jantar apenas para os alimentos do grupo dois. Conclusão: O envelhecimento pode ser influenciado por diversos fatores, merecendo destaque o seu aspecto nutricional. A adoção dessas condutas, associada ao domínio cognitivo dos fatores que afetam o consumo alimentar dos idosos, propiciará aos profissionais de saúde investimento em intervenções que contribuirão, positivamente, para o consumo alimentar desse segmento populacional e, consequentemente, auxiliarão na melhoria do seu estado nutricional. Este estudo é útil, pois enfatiza a necessidade de vigilância na assistência fornecida por profissionais de saúde no intuído de motivar os idosos para uma alimentação adequada e saudável.