INTRODUÇÃO: Atualmente, o Brasil tem em média seis milhões de mulheres a mais que homens. Essa representatividade também se reflete nas áreas social e de saúde quando o assunto é envelhecimento. Um dos temas mais fomentados nos espaços de discussão científica atuais é a Síndrome da Fragilidade do idoso, sua ocorrência e repercussões sobre a vida. Esta condição é reconhecida como uma síndrome de difícil identificação; devendo-se ao fato de não existir definição consensual ou mesmo numerosos dados epidemiológicos sobre a mesma. Alguns pesquisadores a definem como um complexo multidimensional ligado a vulnerabilidade fisiológica, e ao declínio funcional, que também leva a diminuição da resistência aos estressores externos e internos. OBJETIVOS: Discutir a relação existente entre a Síndrome da Fragilidade do Idoso e o gênero feminino. Metodologia: Revisão sistematizada da literatura realizada através de metapesquisa no portal da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) para atender a pergunta norteadora: Existe relação entre o gênero e o potencial de desenvolvimento da Síndrome da Fragilidade no Idoso? A pesquisa aconteceu entre os meses de fevereiro e março de 2013, utilizando como Descritores de Saúde (DECs) os termos “idoso fragilizado”, “saúde do idoso”, “idoso”. O idioma (português), limites (idoso), assunto principal (idoso fragilizado), tipo de estudo (artigos completos - 04), ano (2009 a 2012) e relação de gênero foram utilizados como critérios seletivos de um protocolo pré-formulado que possibilitou a organização de variáveis pertinentes ao objeto de estudo e a interpretação analítico-descritiva dos mesmos com suporte literário pertinente. Sobre o aspecto ético da pesquisa infere-se que no Brasil não há impedimento legal para a realização de pesquisas de revisão literária, sistemática ou metapesquisa/metanálise. RESULTADOS: Alguns estudos avaliaram grupos de idosos fragilizados e foi identificado como único dado em comum o fato de as mulheres serem mais acometidas que homens pela síndrome em questão. Infere-se que idosas podem apresentar um grau de dependência duas vezes maior que os homens idosos. Todas as pesquisas realizadas possuíam uma amostra composta por mais mulheres, o que não foi apontado como um dos possíveis influenciadores desse achado. Embora nenhuma pesquisa explique que fatores levam a esse fato, esse é um dado que coincide dentre os perfis dos idosos fragilizados e também dos pré-frágeis; salientando-se também que idosas apresentem maior dependência para realizar as atividades diárias. CONCLUSÃO: Não é intenção de nenhum estudo reforçar a ideia segregadora da “Mulher enquanto sexo frágil”; todavia deve-se perceber que as pesquisas, mesmo que ainda não sejam numerosas, apontam para a maior prevalência da Síndrome da Fragilidade do idoso entre as mulheres. Infere-se que este maior potencial feminino referido, pode ser resultado de um conjunto de fatores biológicos e sociais que se comportam de forma condicionante ou determinante sobre a vida das mulheres; influenciando diretamente o advento da senescência ou mesmo da senilidade.