Introdução: Depressão é a doença psiquiátrica mais comum entre os idosos, frequentemente sem diagnóstico e sem tratamento. Ela afeta sua qualidade de vida, aumentando a carga econômica por seus custos diretos e indiretos e, pode levar a tendências suicidas. A prevalência de depressão nesta faixa etária é relevante na prática clínica, para que se possa intervir adequadamente assim como prevenir os fatores de risco (Oliveira, 2006).Objetivos: Estabelecer a prevalência de depressão em pacientes com mais de 60 anos em diferentes níveis de atendimento no Brasil.Metodologia: Foi realizada uma pesquisa em bancos de dados científicos, quais sejam: Pubmed, Scielo, Lilacs, Ovid e periódicos CAPES. As palavras-chaves utilizadas na busca foram: elderly, depression, prevalence, Brazil, hospitalized, institutionalized, home care. Baseados nas buscas foram encontrados 22 artigos, sendo destes selecionados os 6 mais relevantes.Resultados: Fernandes et al (2006) em João Pessoa na atenção primária constatou que em 91 pacientes acima de 60 anos, 52% (n=47) tinham depressão. Oliveira et al (2001) observou que em 31% (n=36) de 118 idosos que frequentam centros de convivência em Brasília tinham sintomas que fechavam o diagnóstico de depressão. Já Santana et al (2007) em Salvador, estudou 151 idosos institucionalizados, destes, 21,1% (n=32) sofriam com depressão. Em um estudo com 1.120 idosos em atendimento ambulatorial geriátrico também na cidade de Salvador no período de 2001 a 2004, feito por Duarte et al (2007), foram diagnosticados 23,4% (n=262) com depressão e com maior frequência entre os menos de 75 anos. Porcu et al (2002) em uma amostra de 30 idosos hospitalizados no município de Maringá – PR com 56,67% (n=17) do total apresentando depressão. Além disso, comparou a uma amostra de 30 idosos residentes nos seus domicílios, destes, apenas 23,34% (n=7) fechavam diagnóstico de depressão.Conclusão: A depressão possui uma maior prevalência em idosos institucionalizados ou hospitalizados do que nos que permanecem em seu domicílio. Desse modo, é fundamental evitar que pacientes nessa faixa etária sejam encaminhados para níveis de cuidado mais elevados sem que haja indicação precisa. Contudo, existe a necessidade de mais estudos a respeito do tema, visto que o envelhecimento da população brasileira é um fenômeno inevitável.