Introdução: O envelhecimento da população mundial é um fenômeno notável que gera consequências para a sociedade. Com o avançar da idade, o corpo torna-se mais vulnerável, o que traz riscos à qualidade de vida, sobrecarrega cuidadores e confere altos custos com a saúde do indivíduo. Toda essa vulnerabilidade pode estar relacionada à Síndrome da Fragilidade (SF) que vai além das comorbidades existentes, da idade avançada e da incapacidade física. Um fenótipo para a Fragilidade definido por Fried, propõe que o individuo seja considerado frágil se apresentar 3 das 5 características definidoras de fragilidade. Objetivo: traçar o perfil epidemiológico da Fragilidade e gênero em idosos de um bairro do município de Natal/RN e analisar quais fatores estão associados à Síndrome de Fragilidade. Metodologia: estudo transversal com uma amostra de 256 idosos de 65 anos e mais. Foi aplicado um questionário contendo perguntas sobre as características sócio-demográficas, sobre os hábitos de vida, doenças crônicas e o auto-relato de saúde, prática de atividade física, declínio cognitivo, sintomatologia depressiva, o protocolo de Fragilidade e o SPPB. Resultados: Foram avaliados 88 homens e 168 mulheres. Foram observadas diferenças entre homens e mulheres no quesito arranjo familiar, escolaridade, renda, hábitos de vida, desempenho físico e sintomatologia depressiva. A prevalência de fragilidade foi de 18,4%, não havendo diferenças entre os sexos. Com relação aos componentes do fenótipo de fragilidade, apenas o quesito exaustão apresentou diferença entre os sexos. Conclusão: os resultados apontam uma importante prevalência de idosos frágeis e pré-frágeis revelando uma necessidade de aplicação de medidas preventivas para a manutenção das condições físicas em idosos desta comunidade.