Introdução: Devido a determinados fatores fisiológicos, os idosos são acometidos mais facilmente por diversas doenças, sendo grandes consumidores de medicamentos, tanto alopáticos quanto fitoterápicos. No contexto de um sistema de saúde muitas vezes insatisfatório, a automedicação torna-se fator preocupante, não somente em relação a alopáticos, mas também à plantas medicinais, por representarem uma alternativa terapêutica de menor custo. Diversas plantas medicinais utilizadas por idosos podem apresentar efeitos adversos quando utilizadas inadequadamente. Então, faz-se necessário o desenvolvimento de atividades esclarecedoras junto a esta população sobre o uso correto e racional desses produtos. Objetivos: Relatar a experiência vivenciada pelos participantes do PET/Conexão de Saberes – Fitoterapia da Universidade Federal de Campina Grande em um projeto de extensão. Metodologia: O presente trabalho trata-se de um relato da experiência vivenciado pelos alunos do PET a partir das reuniões do projeto “Automedicação: Intervenção na Atenção Básica e Feiras Livres de um Bairro em Campina Grande – PB”. Foram realizadas atividades de sensibilização alertando sobre os perigos do uso indiscriminado de medicamentos alopáticos e fitoterápicos. O relato foi realizado a partir dos depoimentos e das dúvidas dos participantes. Resultados: Durante a realização da atividade, foram encontrados idosos que trabalhavam na feira como herbolários. Eles compartilharam seus conhecimentos e dúvidas sobre determinadas plantas medicinais e foram esclarecidos sobre os perigos do uso inadequado destas. Conclusão: Observou-se que alguns herbolários não conheciam os efeitos adversos provenientes do uso irracional de algumas plantas medicinais, bem como possíveis interações entre medicamentos alopáticos e fitoterápicos. Com a troca de vivências entre os discentes e os participantes, resgataram-se os saberes populares e compartilharam-se os conhecimentos científicos sobre os perigos da automedicação. É importante destacar que o conhecimento popular dos idosos foi valorizado e tomado como estímulo para novos conhecimentos e posicionamentos, visando a criação de agentes multiplicadores dessas novas informações dentro da comunidade.