TERCEIRA IDADE E PERSPECTIVAS DE INCLUSÃO DIGITAL FRENTE À SOCIEDADE CONTEMPORÂNEAIntrodução: Numa sociedade globalizada é necessário criar mecanismos que possibilitem o acesso a um conhecimento mínimo em informática, independente de idade e segmento social do qual façam parte os sujeitos interessados. Assim, correspondendo com as perspectivas do Estatuto do Idoso (Lei n° 10.741, de 1° de outubro de 2003), a educação vem adquirindo visibilidade por ser mais do que uma forma de inclusão, proporcionando tanto aos jovens como aos idosos a realização pessoal e profissional de objetivos. O presente relato de experiência reflete a importância das pessoas na terceira idade estarem inseridos em programas educacionais como o Programa Interdisciplinar de Apoio à Terceira Idade- PIAT/ PROEXT/UFCG, no qual, dentre outras perspectivas, dá abertura para novas aquisições de aprendizado em relação à alfabetização e às tecnologias digitais. Na condição de monitores, a indignação com a invisibilidade desses grandes atores sociais contemporâneos nos instigou a oferecer cursos voltados aos poucos alunos idosos com perfil de professores e alunos graduados que mantinham o desejo de aprender a lidar com o “computador” numa perspectiva sócio-interacionista. Objetivo: Demonstrar a importância da inserção das noções básicas de informática na terceira idade, bem como, avaliar à promoção da inclusão digital dos idosos e principalmente observar se de fato há a reintegração à dignidade e o reconhecimento destes a partir da experiência realizada no PIAT/UFCG . Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo acerca de um Relato de Experiência que advém da própria vivência pessoal dos autores do presente trabalho, embasando a reflexão com caráter qualitativo. Realizamos uma análise bibliográfica e exploratória da literatura pertinente. O método das aulas desenvolveu-se a partir da análise e interpretação de questionários obtidos por meio das dúvidas surgidas entre os idosos em relação à abordagem do conteúdo. Utilizamos também de discussões teóricas entre alunos e monitores sobre tecnologias digitais, com ênfase nas aulas dinamizadas sob a prática da teoria estudada. Resultados: A alfabetização digital contribuiu para ampliação da autonomia dos enquadrados na terceira idade que passaram a resolver pequenos problemas cotidianos de forma mais clara e independente, como quitação de pagamentos online, evitando o deslocamento de sua própria casa, leitura de notícias e envios de recados por meio de e-mails e acesso a redes sociais “febre do mundo moderno”. Desta forma, os indivíduos que tem acesso a estes tipos de Programas educacionais tem sua autoestima elevada, demonstrando interesse por novos projetos de vida. Ao refletirmos sobre as práticas pedagógicas inseridas no PIAT/PROEXT/UFCG, conseguimos analisar que todo o processo de ensino/ aprendizagem realizado através dos recursos tecnológicos tem grande significância na vida de muitos dos que realmente estavam na busca incessante pelo “novo”. Conclusão: A educação digital na terceira idade é um fator de inclusão social que possibilita promover a participação dos mesmos como cidadãos produtivos e partícipes da sociedade, resgatando assim sua integração social e dignidade humana. Palavras chave: Inclusão digital. Terceira idade. Programa Interdisciplinar de Apoio à terceira idade.