A sífilis é uma Infecção Sexualmente Transmissível, dependendo do estágio da doença pode ser uma infecção assintomática e silenciosa, apesar de ter um diagnóstico e tratamento simples e baixo custo sua incidência tem aumentado. Este trabalho tem como objetivo apresentar os fatores de risco associados à infecção por T.pallidum em puérperas. Trata-se de um estudo descrito quantitativo, a pesquisa foi realizada em uma Maternidade Pública do Maranhão, referencia na região, a população foi constituída por puérperas com sorologia positiva para sífilis no ano de 2015. Durante esse período foi possível acompanhar 92 puérperas internadas na maternidade, onde 64,14% apresentaram idade inferior a 25 anos, 66,31% possuíam baixa escolaridade, e 55,43% destas eram do lar. No estudo foi observado que esses fatores são de risco para a infecção pela T. pallidum, podendo dificultar a adesão destas ao tratamento, fazendo com que as mesmas abandonem antes do fim, ou voltem a se reinfectar, e transmitam a doença a seus parceiros sexuais. Percebeu-se a importância da educação em saúde com puérperas com sorologia positiva para a sífilis, fazendo com que as mesmas possam aderir ao tratamento e fazer o acompanhamento dos seus filhos até os 18 meses de vida conforme estipulado pelo Ministério da Saúde, diminuindo assim as possibilidades dessa criança desenvolver alguma complicação decorrente da infecção. O profissional da saúde deve ser um facilitador, orientando a paciente quanto a sua infecção, tratamento e retirando suas dúvidas quando essas existirem, criando uma relação de confiança, e dando atenção especial a essas mulheres que apresentam fatores de risco a fim de evitar o abandono da terapêutica.