INTRODUÇÃO: A mudança do quadro populacional em nossa sociedade é um grande avanço no que diz respeito à expectativa de vida, no entanto juntamente a essa mudança percebe-se uma alteração na epidemiologia das doenças, em que atualmente há uma maior atenção na promoção e prevenção de doenças e agravos não transmissíveis de caráter crônico e que traz como desafio para a saúde pública o aumento da prevalência e da incidência de doenças não transmissíveis a da incapacidade funcional. OBJETIVOS: Esse estudo tem como objetivo investigar a prevalência de doenças crônicas não transmissíveis em idosos autônomos assistidos em uma Unidade Básica de Saúde da Família. MÉTODOS: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. O cenário foi a Unidade Básica de Saúde da Família Bonald Filho, localizada no bairro Monte Santo em Campina Grande no estado da Paraíba. No território foram localizados 213 idosos e a amostra foi proporcionalmente selecionada nas 06 microáreas da Estratégia de Saúde da Família investigada em que foi constituída por 62 idosos classificados como autônomos e com doenças diagnosticadas. Os dados foram coletados durante o mês de fevereiro de 2012, através do instrumento Formulário de Avaliação Sócio-funcional em Idosos (IASFI). RESULTADOS E DISCUSSÃO: O perfil de saúde da população brasileira, no contexto de transição epidemiológica, mostra que as doenças crônicas não-transmissíveis afetam grande parte da população de idosos do nosso país. Sendo assim, a maioria (89%) dos idosos autônomos que participaram desta pesquisa referiu ter alguma doença diagnosticada. Observa-se que dentre as doenças mais frequentemente referidas pelos idosos estudados estão as cardiovasculares (48%), seguidas das osteomusculares (14%) e endocrinometabólicas (11%). CONCLUSÃO: Após análise dos dados verificou-se que a maioria dos idosos estudados refere algum tipo de doença crônica não transmissível, corroborando com outros estudos realizados com idosos no país. O processo de envelhecimento, na maioria das vezes, não se caracteriza como um período saudável e de independência. Ao contrário, caracteriza-se pela alta incidência de doenças crônicas e degenerativas que, muitas vezes, resultam em elevada dependência.Para isso, é necessário o conhecimento dos profissionais de saúde, em especial da atenção básica, que lidam com a população idosa a respeito da prevalência das doenças crônicas nas pessoas idosas na sua área de abrangência e assim subsidiar as ações de saúde na comunidade, a fim de reduzir os impactos dessas afecções.