Trata-se de uma pesquisa exploratória e quantitativa, realizada nos serviços de Urgência e Emergência de um hospital público no município de Cajazeiras – PB, no alto sertão paraibano. Os dados foram coletados a partir de um questionário semi-estruturado, aplicado junto a 40 pacientes idosos. A análise dos resultados se deu mediante estatísticas descritivas, seguida da comparação com a literatura. Para a realização da proposta foram respeitados todos os pressupostos da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Os resultados evidenciam que 55% dos pacientes idosos desconhecem o significado do termo assistência humanizada; 65% afirmaram que no serviço emergencial estudado há uma demora considerável para o atendimento, não existindo a conduta do acolhimento. Do total, 62% dos idosos ressaltaram ainda que os profissionais de saúde daquele setor se detêm, na maioria das vezes, a realizar procedimentos, relegando a segundo plano a atenção aos sentimentos e emoções dos usuários. Em meio a tantos avanços científicos e possibilidades de melhoria da assistência hospitalar e de sua humanização, os recursos, todavia, parecem estar mais associados a propostas de investimentos na alta tecnologia e a outros processos que não, necessariamente, implicam em mudanças na cultura organizacional em prol da humanização do trabalho enquanto expressão da ética. A equipe de saúde das unidades de urgência e emergência hospitalar se vê frente a problemáticas constantes que tendem a gerar situações de estresse e acarretar tensão psicológica. Diante de tantas responsabilidades, toda a equipe tem que aprender a lidar com esse contexto, tornando-se difícil fazê-lo da melhor forma. Nota-se a partir daí, uma postura imparcial ao lidar com o paciente, a família e até a própria equipe. Cada profissional passa a preocupar-se isoladamente com as atividades a serem cumpridas, não investindo nas relações humanas. No que se refere ao paciente idoso, à humanização deve basear-se especialmente num atendimento preferencial e imediato, seja em instituições públicas ou privadas de saúde, onde a totalidade e individualidade do idoso sejam preservadas. É pertinente concluir-se que o exercício dos profissionais atuantes nas referidas unidades de urgência e emergência, distancia-se de ações humanizadoras, sendo esta uma realidade que se reflete nos cuidados à pessoa idosa. A humanização deve ser preocupação de todos os profissionais de saúde, uma vez que a mecanização compromete a qualidade do atendimento. Os profissionais que prestam assistência humanizada devem estar embasados numa visão holística, considerando que a solidariedade e a benevolência para com o próximo são imprescindíveis para valorização do ser humano, estabelecendo uma relação de ajuda e empatia. Relacionando a temática em questão com os cuidados de emergência prestados a população idosa, vê‐se que estes também necessitam de humanismo nas práticas profissionais, a fim de proporcionar ao paciente idoso um ambiente digno, com resolutividade nas ações desenvolvidas, ressaltando-se que o distanciamento de ações humanizadas no cuidado à saúde acaba por fragmentar o atendimento prestado à pessoa idosa, principalmente nos serviços emergenciais.