A reforma do Estado imprimiu transformações emblemáticas nas estruturas administrativas, econômicas e sociais de diversos países. O declínio da gestão burocrática fortaleceu o gerencialismo, modelo de gestão forjado na empresa privada. Especialistas acreditavam ser esse o modelo adequado para atender as demandas do Estado, com flexibilidade e racionalidade na aplicação dos recursos. A adoção desse novo modelo causou impacto na gestão escolar e na educação. Na lógica do novo modelo a escola deveria expandir sua abrangência com os mesmos recursos de antes e ainda, seguindo a tendência de descentralização. O presente trabalho analisa a crise e reforma do Estado, suas influencias na educação, a transição do modelo de gestão burocrático para o gerencialista, analisando, posteriormente, o impacto desse movimento para gestão escolar. Trata-se da reflexão teórica presente em estudo de caso. Com metodologia teórico-bibliográfica utiliza as leituras de Behring (2003), Fiori, (1997) e Gentili, (1998), para compreensão da reforma do Estado e seus impactos no âmbito educacional. Sennett (2008), Gaulejac (2007) e Castro (2007) reforçam o debate sobre o papel sócio-econômico da gestão, ficando à cargo da leitura de Krawczyk (2002) e Corrêa e Pimenta (2010) a discussão sobre os novos modelos de gestão e a escola. Constatou-se que a reforma do Estado impactou fortemente na educação, construindo um novo projeto escolar que ampliou seu acesso, mas que tem enormes dificuldades sistêmicas quanto a melhoria da qualidade.