INTRODUÇÃO: O número de indivíduos com mais de 60 anos de idade vem aumentando acentuadamente nas últimas décadas, com isso as doenças cardiovasculares, em especial o acidente vascular cerebral (AVC), se tornou uma das principais causas de morte e incapacidade, já sendo considerada a terceira causa de morte no mundo, ocorrendo com maior incidência no sexo masculino, em indivíduos com descendência afroamericana e idade superior a 65 anos. O AVC provoca, principalmente em idosos, alterações na capacidade de desempenhar atividades cotidianas devido a um déficit neurológico em uma área cerebral secundária a lesão vascular e representa um grupo de doenças com manifestações clínicas semelhantes, mas que possuem etiologias diversas como o AVC hemorrágico (AVCh), ocasionado pela ruptura de um vaso intracraniano e o AVC isquêmico (AVCi), ocasionado pela interrupção do fluxo sanguíneo. Desse modo, tal paciente deve ser encaminhado para um serviço de emergência. OBJETIVO: Descrever o caso de uma paciente idosa com diagnóstico médico de AVCi em regime de acompanhamento ambulatorial. METODOLOGIA: O caso foi analisado através de acompanhamento ambulatorial por meio de anotações referentes à evolução do caso e de cuidados familiares. RESULTADOS: Foi admitida na emergência do hospital estadual da cidade de Natal-RN, encaminhada por um hospital municipal do interior Potiguar, uma idosa com 92 anos, apresentando alterações físicas importantes como: alterações na fala, alterações visuais, assimetria da boca, perda dos movimentos em membros superior e inferior esquerdo, além de agitação intensa. Foram realizados exames de imagem, como a tomografia computadorizada, onde foi possível constatar a incidência do AVCi. Foi solicitado também um eletrocardiograma, uma ecocardiografia e hemograma. As recomendações médicas para a família foram de um cuidado redobrado para evitar a incidência de quedas, prevenção de úlceras por pressão e atenção na administração das medicações, além de um encaminhamento para um profissional fisioterapeuta. O período em que esteve em casa, apresentou sinais de melhora, sendo verificados todos os dias seus sinais vitais para acompanhamento médico, no entanto, em menos de um mês, a paciente veio a óbito em decorrência de um novo AVC. CONCLUSÃO: O acidente vascular cerebral é uma doença que além de grave, deixa sequelas aos pacientes que podem ser reparadas ou não. Diante disso, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais e sintomas do AVC, para que seja prestado um atendimento de qualidade e eficácia, além de capacitados para atender estes pacientes já em fase de reabilitação. Contudo, tal experiência nos proporcionou um conhecimento mais detalhado a cerca da patologia, além da oportunidade de prestar um cuidado essencial para a recuperação da paciente. Pois, apesar da idosa ter vindo a óbito em pouco tempo de tratamento e reabilitação, nos resta à sensação de que foi feito o possível para atender da melhor forma possível as necessidades da mesma.