PERFIL E TERAPÊUTICA DOS PACIENTES ADULTOS E IDOSOS CADASTRADOS NO PROGRAMA HIPERDIA Paula Renata Florêncio Mendes – UEPB paulaflorencio@bol.com.brMônica Oliveira da Silva Simões – UEPB - moscg@uol.com.brPaulo César Dantas da Silva– UEPB - paulocds@hotmail.comDanielle dos Santos Felix – UEPB - danifelixfarmacia@gmail.comIntrodução: A Hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o Diabetes Mellitus (DM) representam dois dos principais fatores de risco para o agravamento das doenças cardiovasculares na população brasileira. O Plano de Reorganização da Atenção a Hipertensão Arterial e Diabetes mellitus (Hiperdia) têm como propósito garantir o acompanhamento e tratamento sistemático dos pacientes a fim de prevenir e evitar danos à saúde do cidadão garantindo a qualidade de vida e evitando a hospitalização. Objetivo: avaliar o tratamento e a conscientização dos pacientes adultos de meia idade e idosos cadastrados no HIPERDIA acompanhados em uma unidade básica de saúde de Campina Grande – PB, levando em consideração as características socioeconômicas e demográficas. Metodologia: Estudo transversal com abordagem quantitativa. Os dados foram obtidos por meio de um questionário aplicado no serviço de saúde durante as reuniões semanais do grupo e abordava as seguintes variáveis: Idade, Sexo, atividade física, medicamentos utilizados, Renda Familiar, escolaridade e doença ou condição referida. Foram excluídos do estudo todos os pacientes com menos de 40 anos.Resultados: Foram entrevistados 60 pacientes, sendo 15 do sexo masculino e 45 do sexo feminino. Do total de participantes, 75% eram idosos e os 25% restantes tinham entre 40 e 60 anos de idade. Quanto ao nível de escolaridade, menos de 7% eram analfabetos, 75% possuíam ensino fundamental, 9% alcançou o ensino médio e os 9% restantes disseram ter ensino superior incompleto. Em relação à renda familiar, 41,7% da amostra afirmou receber até um salário mínimo, 26,6% recebia entre um e três salários, 1,7% mais de três salários e 30% não informou. Em ambos os sexos mais de 70% da amostra afirmou praticar atividade física. A doença mais frequente foi a HAS que representou 70% do total de pacientes, a associação da HAS e DM estava presente em 28% da amostra e apenas 2% possuíam somente o Diabetes mellitus. Quando questionados sobre os medicamentos utilizados, a Hidroclorotiazida e o Anlodipino foram os mais frequentes, sendo citados por 32 e 18 pacientes respectivamente. Ainda estiveram presentes entre os anti-hipertensivos mais citados, o losartan e o captopril. A metformina foi o hipoglicemiante mais frequente entre as respostas. Com relação a classe farmacológica entre os anti-hipertensivos, a maior frequência foi a dos diuréticos que foi citada por 16,6% dos participantes, seguida pela classe dos Inibidores da ECA que esteve presente em 12,7% das respostas do grupo. Conclusão: Os pacientes hipertensos e diabéticos avaliados demonstraram ter um conhecimento adequado da sua doença por meio de uma orientação contínua e eficaz da atenção farmacêutica sobre o uso correto dos medicamentos e são conscientes da importância da prática de atividade física para a prevenção das complicações decorrentes das doenças e na melhoria na qualidade de vida.