As plantas medicinais vêm sendo utilizadas para o tratamento, cura e prevenção de doenças desde a antiguidade, possuindo origem na China e Egito, difundindo-se, posteriormente, para outras regiões do mundo. Esse conhecimento popular sobre plantas medicinais é um recurso terapêutico presente em muitas comunidades. Esse potencial terapêutico das plantas é demonstrado através da fitoterapia e dos estudos fitoquímicos. Entre essas atividades biológicas pode-se citar a fotoprotetora e antioxidante, a leishmanicida e a antimicrobiana. O Brasil está entre os 17 países com notável diversidade biológica tanto em número de espécies quanto na complexidade de seus biomas, sendo um importante alvo de estudos científicos. Apesar da grande valia como matéria-prima para a fabricação de fitoterápicos, apenas 5% das plantas são estudadas fitoquimicamente, o que despertou a curiosidade em relação à espécie Crescentia cujete L. e o seu uso medicinal. Nesse contexto, insere-se os estudos realizados com Crescentia cujete L., o Cuité. Espécie vegetal que originou o nome do município que sedia um dos Campi da Universidade Federal de Campina Grande. O objetivo do presente estudo é revisar o uso popular, análises químicas e farmacológicas, bem como, os demais usos populares de Crescentia cujete L., a fim de se divulgar na comunidade científica e profissionais de saúde os estudos já realizados com a espécie citada. A pesquisa consiste em uma revisão de literatura do tipo integrativa, realizada em agosto de 2017. Para composição dos resultados, foram utilizados artigos disponíveis nas bases Scielo, Bireme, Science Direct, Medscape, PubMed, ScholarGoogle e o Portal CAPES. Para tanto, os seguintes descritores foram utilizados: “plantas medicinais”, “medicamentos fitoterápicos”, e “terapias complementares”, “Crescentia cujete L.”, suas combinações e suas traduções para língua inglesa. Foram selecionados trabalhos dos últimos 12 anos, priorizando-se os publicados entre 2012 e 2017, disponibilizados na íntegra, de acesso gratuito e redigidos em português e inglês. De acordo com os resultados e discussões, no Brasil, encontra-se presente desde a região amazônica até a sudeste, onde foi introduzida para cultivo. Seu fruto é globoso e tem aproximadamente até 25 cm de diâmetro, onde a parte mais externa é verde e flexível, e a parte mais interna lenhosa e resistente. A polpa do fruto, quando verde, é corrosiva e comumente utilizada para o tratamento de problemas respiratórios, porém, se madura é abortiva. o chá dos frutos é muito utilizado pela população pantaneira para ações curativas em problemas de hérnia, conhecidas popularmente na região como rendeduras, assim como, no tratamento de tosses. CONSIDERAÇÕES FINAIS: percebe-se atualmente, um grande crescimento no uso das práticas integrativas e complementares quando inseridas nos serviços de saúde convencionais. De acordo com os resultados encontrados, considera-se a utilização da C. cujete como importante planta medicinal, apesar da pouca disponibilidade de estudos na literatura. Os bons resultados de pesquisas e estudos, apesar de recentes e reduzidos, são bastante significativos e trazem embasamento científico para novas descobertas quanto ao uso da C. cujete e suas substâncias no tratamento de diversas enfermidades.