Introdução: O processo de gonartrose no idoso resulta do grau de sobrecarga mecânica aplicada sobre a articulação do joelho, surgindo com o envelhecimento e à inatividade. Possui caráter progressivo e degenerativo, com características de dor localizada, sinais inflamatórios, rigidez articular, crepitação e hipotrofia muscular. O tratamento fisioterapêutico convencional tem importante contribuição para evolução do quadro clínico e melhoria da qualidade de vida. Além disso, uma técnica alternativa vem sendo estudada atualmente, com objetivo de melhorar vários problemas neurofisiológicos e biomecânicos, a bandagem funcional. Esta pode ser aplicada com objetivo de melhorar a dinâmica do fluxo linfático, pois sua elasticidade permite adequada função articular e a tensão aplicada sobre a pele promove dilatação dos vasos e redução do edema. Diante do exposto, justifica-se a necessidade de buscar novos recursos para o tratamento fisioterapeutico de pacientes com gonartrose. Objetivo: Observar os efeitos da aplicação de bandagem funcional microcirculatória associado ao tratamento convencional em uma paciente idosa com diagnóstico de gonartrose. Metodologia: Participou da pesquisa uma paciente com diagnóstico de gonartrose, do sexo feminino, 61 anos, doméstica, sedentária, com ensino fundamental incompleto e residente na cidade de Caruaru (PE). Há 15 anos apresentou os primeiros sinais clínicos da gonartrose e há 4 anos procurou o serviço de fisioterapia, após exacerbação do quadro. Na avaliação fisioterapêutica foram mensurados amplitude de movimento (ADM) para flexão do joelho através de um goniômetro Carci®, utilizando-se as referências de graus de Gajdosik, grau de força muscular para flexão do joelho através da escala de Oxford, perimetria medida a partir do ápice patelar em dois pontos acima e dois abaixo, com intervalo de 5 cm entre eles. Já a avaliação da dor com mensurada através da escala de EVA. Foram realizadas 10 sessões com duração de 50 minutos cada, e utilizado como protocolo de conduta fisioterapêutica, criomassagem circular local por 5 minutos, drenagem linfática manual, ultra-som em modo pulsado de 1MHz e intensidade de 0,7W/cm², fortalecimento de quadríceps, ísquios-tibiais e tríceps sural em 3 séries de 10 repetições, seguido da aplicação da bandagem funcional microcirculatória. A aplicação da bandagem foi realizada apenas no joelho direito (JD). Resultados: Houve aumento da ADM do JD, que foi avaliada em 70º, e após aplicação do protocolo chegou a 120º, já o joelho esquerdo (JE) foi avaliado em 75º e atingiu ao final 90º. A força muscular do JD passou de classificação 4 para 5 ao final do tratamento assim como no JE, a dor antes considerada em nível 8 caiu para o nível 3 no JD e de 8 para 5 no JE, e os resultados da perimetria apresentaram como medida mais notória uma redução de 4 cm na medida do ápice patelar do JD. Conclusão: O protocolo fisioterapêutico convencional associado à bandagem funcional microcirculatória apresentou um resultado satisfatório, sendo observado um melhor resultado do JD em relação ao JE nos desfechos avaliados. Entretanto, outros estudos nesta perspectiva são necessários para comprovação e aperfeiçoamento deste tratamento.