A Paraíba configura-se como principal estado produtor de arroz vermelho, no entanto, as pesquisas com este grão ainda são incipientes. Por se tratar de um produto de caráter regional a elaboração de novos produtos à base deste arroz estimula sua valorização a partir da demonstração de suas potencialidades alimentícias. A farinha de arroz é gerada a partir do resíduo denominado “arroz quebrado”, o que geraria considerável perda de rendimento na produção do grão polido quando transformado em farinha, e que pode substituir parcial ou totalmente a farinha de trigo em preparações como bolos. Por isso, o aproveitamento de produtos derivados de arroz na alimentação humana, utilizando a incorporação destes em formulações de panificações, são uma excelente estratégia para aumentar o valor nutricional e conferir características funcionais aos produtos isentos de glúten, sem agregar valores elevados ao produto final. Este quadro incentivou a realização desta pesquisa, objetivando-se com ela analisar as características físico-químicas da farinha de arroz vermelho, para utilização na elaboração de pães de forma. O trabalho, realizado no laboratório de Tecnologia de Produtos Agropecuários do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal da Paraíba, constou da caracterização química das farinhas elaboradas com arroz vermelho integral cultivado na Fazenda Tamanduá, localizada no município de Aparecida-PB (FI) e com arroz vermelho mal polido, produzido por agricultores familiares no município de Itaporanga-PB, da região do Vale do Piancó (FII). Para isso realizou-se a determinação da composição centesimal: Umidade (U), Cinzas (C), Proteínas (P), Extrato Etéreo (EE), Fibra Bruta (FB) e Carboidratos Totais (CT). A farinha I apresentou teores de Proteína (P), Extrato Etéreo (EE), Fibra Bruta (FB) e Cinzas (C) superiores à farinha II, no entanto, esta apresentou superioridade no teor de Carboidratos Totais (CT). As análises obtidas forneceram subsídios para atestar a importância do desenvolvimento de produtos à base de arroz vermelho, além do que, o percentual de umidade das farinhas permite que sejam utilizadas com segurança no processamento de produtos alimentícios.