Resumo: O presente artigo foi realizado no laboratório industrial da Usina Japungu Agroindustrial S/A e visou avaliar o suco da casca do abacaxi, resíduo (recente) abundante na região do semiárido brasileiro, como produto para produção do vinho que é a fonte para destilação e fabricação do bioetanol de primeira geração hidratado, com principal objetivo de demonstrar que o Brasil, já no topo do ranking mundial do uso da biomassa por ser o maior produtor de cana de açúcar do mundo, pode se sobressair ainda mais neste quesito, pois o mesmo também possui inúmeros outros resíduos que podem ser transformados em subprodutos para esta geração. O foco do artigo é a casca resídual do abacaxi, por ela ser rica em açúcares (alvo de ataque da levedura Saccharomyces cerevisiae para conversão em etanol e CO2), pontuando assim que o semiárido possui um imenso potencial para crescimento da biogeração. Os parâmetros observados foram : Acidez, ºBRIX, pH, ART (Açúcares Redutores Totais), AR (Açúcares Redutores) e teor alcoólico, bem como pudemos acompanhar a contaminação bacteriana e viabilidade da levedura durante a fermentação, e para ajuste inicial do ºBRIX do suco da casca foi utilizado o melaço residual da fábrica de açúcar Agroval.. Conseguimos através deste, demonstrar que o vinho resultante desta fermentação pode ser comparado ao vinho resultante da fermentação com caldo da cana no sistema batelada, de forma que se o mesmo for levado a torre de destilação teremos um álcool nas mesmas condições de teor alcoólico específico para produção do bioetanol hidratado de primeira geração.