Para que haja sucesso nos projetos de recuperação de áreas degradadas é necessário, entre outros fatores, a escolha correta das espécies vegetais, para a adaptação ao local. Isso implica em um levantamento prévio de espécies preexistentes no local a ser reflorestado, e o entendimento de suas interrelações. Assim, este trabalho teve como objetivo implantar o Modelo Sucessional de recuperação florestal e avaliar o desenvolvimento inicial das mudas no campo. Este estudo foi realizado em área degradada pelo monocultivo da cana-de-açúcar, no assentamento Trangola, no Município de Currais Novos, Rio Grande do Norte, apresentando características de clima quente e seco, índice pluviométrico de 528 mm, ou seja, baixo volume, e solos compactados. Seis espécies florestais nativas foram selecionadas para o plantio, estas sendo Erythrina velutina Wilid.(mulungu), Enterolobium contortisiliquum (Vell.) (tamboril), e Cnidoscolus quercifolius Pohl. (favela), e três não pioneiras, Caesalpinia leiostachya (Benth.) Ducke (pau ferro), Dipteryx odorata (Aublet.) Willd. (cumarú) e Dipteryx odorata (Aublet.) Willd. (pereiro). As espécies pioneiras e não pioneiras foram plantadas em linhas alternadas. Os parâmetros de avaliação das espécies foram: sobrevivência, altura (H) e diâmetro na base (DNB). Com isso concluiu-se que houve 100% de sobrevivência das mudas nesse modelo, e bom desenvolvimento (H e DNB). As espécies pioneiras apresentaram crescimento em altura e diâmetro na base, maiores diferente das não pioneiras, e a taxa de acréscimo mostrou um crescimento diferenciado para as espécies quando consideradas individualmente. O mulungú foi a espécie que apresentou maiores valores de altura e diâmetro dentre as destacadas e, os menores foram encontrados no pereiro.