Dos organismos que pertencem a meiofauna, não existem muitos trabalhos relatando sua dispersão, mas alguns indicam que esses organismos são transportados passivamente. Qualquer estrutura submersa em meios aquáticos, quer seja artificial ou não, estão suscetíveis a colonização de organismos através de incrustação. Sendo assim, o presente estudo tem como objetivo estudar a meiofauna em placas de cerâmica, em um ambiente de água doce, como o intuito de verificar a colonização desses organismos em substratos artificiais. Foram utilizadas 27 placas de cerâmica introduzidas verticalmente cerca de 7 cm no solo, de forma aleatória, na lagoa do manancial do Horto Florestal do Centro de Educação e Saúde da Universidade Federal de Campina Grande – CES/UFCG, Cuité-PB. Foi utilizado também um amostrador de PVC de 7 cm² de área interna para a coleta do material biosedimentológico. O experimento durou nove semanas, sendo extraídas três placas aleatórias semanalmente, entre março e maio de 2016 e, concomitantemente, foram coletadas três amostras de sedimento semanalmente em pontos diferentes, totalizando 54 amostras. O sedimento foi lavado em água corrente com peneiras com aberturas de malha de 0,044 mm e 0,5 mm. Após esse processo, a amostra foi colocada em placa de Dolffus para contagem e triagem. Os Nematoda foram diafanizados e foram feitas lâminas permanentes. No sedimento, foram identificados 22 gêneros e nas placas, 21. Paracyatholaimus e Oncholaimus foram mais abundantes no substrato natural. Monhystrella e Monhystera foi o gênero mais abundante no substrato artificial.