Resumo: Desde os primórdios das civilizações o homem utiliza as plantas para diversos fins e o conhecimento acerca desse uso vem sendo difundido de geração pra geração até os dias atuais. Desta forma, o presente trabalho teve por objetivo realizar um levantamento de espécies etnobotânicas, comercializadas na feira livre da cidade de Nova Floresta-PB, e a partir destes identificar as espécies nativas da Caatinga. Para tanto, foram realizadas entrevistas semiestruturadas junto a seis feirantes que comercializam plantas ou partes destas em feiras livres. Os resultados do levantamento apontaram um total de cinquenta e sete espécies. Destas, 12 são nativas da Caatinga, e algumas já ameaçadas de extinção, a exemplo, do Cumaru (Amburana cearensis), Aroeira (Myracrodruon urundeuva) e a Quixabeira (Sideroxylon obtusifolium). Segundo os entrevistados as folhas e as sementes são as partes mais comercializadas, e os mesmos afirmaram conseguir as espécies através de terceiros. Com relação ao preparo e forma de uso as espécies são utilizadas principalmente na forma de chás, lambedor, e garrafadas. Apesar da entrevista englobar um pequeno grupo de comerciantes, a quantidade de espécies comercializadas foram significativos, revelando que existe ativa procura por estas espécies. No entanto ressalta-se a importância da comercialização destas espécies, para seus diversos fins, especialmente para tratar enfermidades no sentido mais amplo do conhecimento empírico, precaução sobre o uso de plantas que possam provocar reações adversas, como também na rentabilidade dos comerciantes. Mas acima de tudo, preocupa-se sobre a forma de extração destas espécies e suas implicações no meio ambiente.