A proliferação descontrolada de células gliais (astrócitos, oligodendrócitos e células ependimárias) causam tumores cerebrais denominados gliomas.¹ As células gliais sustentam os neurônios, transmitem informações e estão envolvidas em diversas patologias, como: esclerose múltipla e azlheimer.² Um tumor primário do sistema nervoso central (SNC), responsável por 80% dos gliomas de alto grau, é chamado de glioblastoma multiforme (GBM). Os idosos possuem um risco de desenvolver GBM três a quatro vezes maior, quando se compara a adultos jovens. O aumento da incidência desse tipo de tumor está associado ao desenvolvimento das tecnologias diagnósticas e ao envelhecimento da população, principalmente. A assistência de enfermagem à pacientes com esse tipo de tumor deve ser conduzida de acordo com as individualidades de cada um, e necessita focar na prestação de cuidados holísticos e em práticas educacionais para promover a qualidade de vida. Devido ao envelhecimento da população e a sua predisposição a um estilo de vida que contribui ao surgimento de neoplasias (como: tabagismo, sedentarismo e alimentação)¹, este trabalho torna-se relevante para, principalmente, enfatizar a criação de políticas públicas de saúde e a importância da assistência de enfermagem a esses pacientes. Assim, o objetivo deste trabalho é relatar a experiência de estudantes de enfermagem ao prestar cuidados a um idoso diagnosticado com glioblastoma multiforme hospitalizado na clínica neurológica de um hospital universitário. Trata-se de um relato de experiência da assistência prestada por acadêmicos de enfermagem a um paciente idoso diagnosticado com glioblastoma multiforme e internado na clínica neurológica de um hospital universitário, durante as práticas do estágio supervisionado obrigatório do curso de graduação em enfermagem da Universidade Federal de Alagoas no período de agosto a outubro de 2017. Um dos principais cuidados durante todo o tempo de internação foi a realização da escuta ativa, além de tranquilizar o paciente e seus familiares, que se encontravam fragilizados com o diagnóstico repentino e o prognóstico difícil. Para garantir a prestação de um cuidado especializado e integral ao cliente, a enfermeira deve avaliar a complexidade da assistência exigida pelos pacientes com glioblastoma multiforme e ter a competência e a sensibilidade refinada para desenvolver uma assistência adequada para melhorar a qualidade de vida dos pacientes e das famílias. Portanto, é essencial para a enfermeira, além de dominar o conhecimento técnico-científico, desenvolver um olhar clínico voltado para a implementação de uma assistência de enfermagem humanística, permitindo que os pacientes com esse tipo de tumor tenham cuidados de qualidade, que atendam às expectativas dele e da família e possibilite um tratamento menos traumático