1 INTRODUÇÃOO sistema demográfico brasileiro desde a década de 1960 vem entrando em um novo cenário, o do envelhecimento, típico de país em desenvolvimento. Dado baseada no indicativo do gradativo e constante aumento do número de pessoas que conseguem alcançar idades elevadas e com qualidade de vida.Com isso há uma perspectiva que daqui para o ano de 2025 o Brasil seja o sexto país com maior número de idosos no mundo, com expectativas de vida que ultrapassam os 77 anos. (IBGE, 2002)Em resposta a essa transição demográfica, desde a Constituição de 1988, vários esforços têm se levantado em favor do idoso. Nos anos 80, as políticas de atenção à saúde do idoso começaram a ser integradas juntamente a construção do Sistema Único de Saúde (SUS), tendo como primeiro passo a Política Nacional do Idoso (PNI) que visava a promoção da saúde e condições para dar autonomia ao idoso, bem como reforçar sobre os direitos a saúde. (BRASIL, 2010)Em 2006, passou a ser Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI) que tinha como meta a captação desse público pela Estratégia de Saúde da Família, não visando o indivíduo único, mas sim abranger todo o coletivo, em parcerias multiprofissionais, bem como comunidade e familiares, para juntos desenvolverem trabalhos de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e reabilitação. (BRASIL, 2010)Mediante a isto se encontrou na enfermagem, como parte da equipe da ESF, o apoio para tentar encontrar solução das atuais e futuras dificuldades de adaptação e promoção do bem-estar nos idosos.A colocação da assistência de enfermagem deve ter como foco desempenhar a assistência na promoção e prevenção da saúde, bem como tratamento e reabilitação das mesmas. Captando-os de forma integral e interagindo com a comunidade e família para uma adaptação benéfica. Dessa maneira, estima-se que a enfermagem com a sua essência de ser a arte do cuidar, de promover saúde, tenha muito a oferecer, ajudando a encontrar sentindo e significados para os idosos.Diante disto há de se questionar: como a enfermagem atua na promoção a saúde do idoso?Este trabalho foi motivado em razão do envelhecimento ser uma tendência mundial e brasileira e que requer uma atenção nesse contexto, para saber lidar e ajudar a enfrentar a atual condição, além de tornar-se relevante para o eixo social, político, cultural, econômico e de saúde, com vistas a desmistificar algo fisiológico tido como patológico e conscientizar de que é apenas o curso natural da vida.O objetivo geral deste estudo é identificar na literatura a assistência de enfermagem na promoção à saúde do idoso.Apoiou-se na justificativa de que a enfermagem pode oferecer assistência integral à saúde a terceira idade, buscando estimular o autoconhecimento do corpo, promoção do seu bem-estar, bem como promover uma educação em saúde.2 METODOLOGIARevisão do tipo integrativa sobre a produção científica em enfermagem na saúde do idoso, pois como Pompeo, Rossi e Galvão (2009) tal estudo é alicerçado em evidências e proporciona a junção de ideias de pesquisas já concluídas, contribuindo na obtenção de uma conclusão primária através da síntese desse conhecimento produzido até então. Para uma melhor sistematização e operacionalização da revisão serão utilizadas as seguintes etapas: seleção de artigos, estabelecimento de critérios de inclusão e exclusão para facilitar a seleção, coleta de dados, análise de dados, interpretação e conclusão dos resultados.Também foi elaborado um protocolo com intuito de facilitar a construção e desenvolvimento do estudo. Composto pelas seguintes estruturas: tema, objetivo geral, questão norteadora, base de dados, descritores, cruzamentos, critérios de inclusão, critérios de exclusão, estratégia para coleta dos dados, análise dos dados e conclusão.As bases de dados consultadas para o levantamento foram as indexadas na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), como o banco de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Literatura Internacional em Ciências da Saúde (MEDLINE). A coleta foi realizada em abril de 2013. Para a busca dos artigos em questão, utilizamos os seguintes descritores controlados na língua portuguesa: Saúde do Idoso. Enfermagem. Assistência de Enfermagem. Promoção da Saúde. Para seleção dos estudos foram utilizados os seguintes critérios de inclusão: artigos completos disponíveis na íntegra; escritos em português; publicados a partir de 2009; e cujo conteúdo possuísse relação com o tema estudado. Já como critérios de exclusão: resumos; e trabalhos que não fossem do tipo artigo.Na coleta de dados propriamente dita, utilizou-se um instrumento de coleta de dados que permitiu extrair informações de cada estudo, como: o nome da base de dados onde o estudo foi encontrado; o ano da publicação; o nome do periódico; título; bem como as ações de promoção a saúde e bem-estar. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃOOs dados mostram quão significativo pode ser a ação da enfermagem junto à gerontologia, participando ativamente junto a comunidade e com outros profissionais da equipe da atenção básica para promover a saúde e bem estar do idoso.Mas para que aconteça essa melhoria na qualidade de vida, é relevante e necessário mudanças no que se referem aos idosos estarem cientes do que se precisa fazer para alcançar os objetivos, de qual forma se conseguirá isto e a educação em saúde é um dos pontos que se trata nos artigos capaz de levar informação e autonomia para o autocuidado, sendo ela também um modelo a ser seguido para a reorganização do da atenção à saúde.Além dos trabalhos técnicos, como cuidados terapêuticos, exames, promoção da saúde, recuperação, diagnóstico, tratamento, reabilitação, observa-se como vantajosa e produtiva é homogeneidade tecnicista com afetividade, revelando que além de práticas eles necessitam de serem vistos de forma completa, humana e que possuem sentimentos além de patologias. (LIMA; TOCANTINS, 2009)É fundamental que o idoso se sinta valorizado, importante mediante o atendimento, ajudando a compreender e se compreendido, bem como estimulá-lo a se envolver no próprio cuidado e delimitar ações que promovam o seu bem-estar e independência.4 CONCLUSÃOA população idosa no mundo só tende a crescer e frente a esta situação demográfica que se expande, há de se tomar soluções cabíveis nos âmbitos de cunho social, saúde e político.A enfermagem tem papel fundamental quando remetido ao idoso, visto que suas ações vão direto ao encontro à saúde do idoso, levando percepções positivas a eles do que é envelhecer e de como envelhecer positivamente e com qualidade.Diante do exposto, deve-se atender ao idoso de maneira individual e única, extrapolando tanto os saberes técnicos, como a afetividade para alcance positivo de resolutividade, não se esquecendo de ensiná-lo e educá-lo a se cuidar e manter sua autonomia e independência frente às adaptações que terá que passar.5 REFERÊNCIASMinistério do Planejamento, Orçamento e Gestão (Brasil), Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais. Perfil dos idosos responsáveis pelos domicílios no Brasil 2000. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 2002.Ministério da Saúde (Brasil), Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Área Técnica Saúde do Idoso. Atenção à Saúde da Pessoa Idosa e Envelhecimento. Brasília: Ministério da Saúde, 2010.Pompeo DA, Rossi LA, Galvão CM. Revisão integrativa: etapa inicial do processo de validação de diagnóstico de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2009; 22(4): 434-8.Lima CA, Tocantins FR. Necessidades de saúde do idoso: perspectivas para a enfermagem. Rev Bras Enferm. 2009; 62(3): 367-73.