O envelhecimento populacional é uma realidade mundial e nesse contexto ganham mais relevância os estudos voltados a manter a vida ativa no trabalho. O objetivo do presente estudo foi analisar as condições laborais, de saúde, a capacidade para o trabalho e a relação entre esses componentes dos servidores técnico-administrativos em educação de uma instituição de ensino superior. Foi realizado um estudo de coorte com 328 trabalhadores e investigadas questões sociodemográficas, ocupacionais e relacionadas à saúde. Foram realizadas as análises bivariada e regressão logística considerando nível de significância 5% (p≤ 0,05). Os resultados mostraram que a população era composta predominantemente por homens, na faixa etária de 41 a 59 anos, brancos, casados, com filhos, com nível de escolaridade universitário ou mais e com renda familiar que os classifica nos estratos B/C do Critério Brasil da ABEP. As condições de trabalho e saúde da maioria dos trabalhadores foram favoráveis, com exceção da qualidade do sono que foi ruim para a grande parte dos trabalhadores. Após a análise multivariada, as variáveis de estudo associaram-se entre si, mostrando a bidirecionalidade das associações identificadas. Sugere-se portanto uma rede de ações inter-relacionadas de promoção da saúde do trabalhador, articulada entre os gestores, empregadores, serviços de atenção à saúde do trabalhador e os próprios trabalhadores, visando a prevenção do adoecimento, a qualidade de vida, a manutenção da vida ativa no trabalho e a longevidade saudável, com consequente redução dos custos para a saúde pública dos países.