Este artigo traça um paralelo entre o conceito de consciência a partir de três paradigmas, a saber: neuropsicológico, psicológico e ético-filosófico, resgatando os pressupostos do presente conceito, trabalhados por Rogers e Freire através de uma proposta transdisciplinar, sendo a consciência um dos elementos centrais que serviram como reflexões sobre a condição humana. O presente artigo tem como objetivo investigar o conceito de consciência sobre a ótica de Paulo Freire e Carl Rogers, a partir da descrição e interligação de aspectos semelhantes que passam a dialogar entre si. A partir de uma revisão bibliográfica, destacamos algumas apreciações utilizadas que se interligam com o conceito de consciência em compreensões semelhantes de como as relações entre as pessoas deveriam ser orientadas. Para alicerçar nossos argumentos em relação ao conceito de consciência utilizaremos os estudos de Dalgalarrondo (2008) e os de Chaui (2010). A respeito da consciência nos estudos de Rogers utilizaremos De La Puente (1979) e Rudio (2003). Em Freire, retratando as distintas consciências, faremos uso dos estudos de Gauthier (2013) e Reich (1938). Dentre os achados, percebemos compreensões teórico práticas que dialogaram de forma muito similares, tratados na presente pesquisa como (1) Liberdade Experiêncial, (2) Processo de Ressignificação Pessoal, (3) Coerência, (4) experienciar-se a si mesmo, (5) Alienação e (6) Visão de homem, conceitos desenvolvidos para interlocução dos presentes teóricos e suas semelhanças, nos levando a conclusão de que além de uma similaridade teórica, suas práticas clinicas e educacionais dialogam sobre uma mesma direção de se posicionar-se para o mundo.