A CIDADE DE CAMPINA GRANDE, NA PARAÍBA, VIVENCIOU ENTRE 2012 E 2017 UMA DAS PIORES CRISES HÍDRICAS DA HISTÓRIA, COM O RESERVATÓRIO EPITÁCIO PESSOA, RESPONSÁVEL PELO ABASTECIMENTO DO MUNICÍPIO E REGIÕES ADJACENTES, ATINGINDO O VOLUME DE 2,9% DE SUA CAPACIDADE MÁXIMA. A SITUAÇÃO CRÍTICA, CUJO SISTEMA HÍDRICO ENTRAVA EM COLAPSO QUANTITATIVO E QUALITATIVO, DEMANDOU A ACELERAÇÃO DAS OBRAS DA TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO. EMBORA TENHA ELEVADO O NÍVEL DO RESERVATÓRIO E RETIRADO A POPULAÇÃO CAMPINENSE DO TERRÍVEL REGIME DE RACIONAMENTO VIGENTE, A OBRA DE IMENSO PORTE TROUXE PREJUÍZOS SOCIOAMBIENTAIS E IMPACTO ECONÔMICO CONSIDERÁVEL, SENDO NECESSÁRIO UMA DISCUSSÃO ACERCA DA VIABILIDADE DA SOLUÇÃO. POR CONSEGUINTE, REALIZOU-SE UM ESTUDO, POR MEIO UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, SOBRE TAIS IMPACTOS DA CONSTRUÇÃO E, TAMBÉM, UMA PESQUISA DE OPINIÃO COM CIDADÃOS CAMPINENSES, COM A UTILIZAÇÃO DE UM QUESTIONÁRIO, DIVULGADO NO GOOGLE FORMS® POR MEIOS VIRTUAIS, A FIM DE SE OBTER O NÍVEL CONSCIENTIZAÇÃO E POSICIONAMENTO DA POPULAÇÃO LOCAL EM FRENTE AO TEMA. ASSIM, PERCEBEU-SE QUE OS ENTREVISTADOS ESTAVAM CIENTES DA OBRA E BOA PARTE DESTES, 40,3%, CONCORDARAM QUE ERA ESTRITAMENTE NECESSÁRIA, DADAS AS CIRCUNSTÂNCIAS ALARMANTES, ENQUANTO QUE OUTROS 40,3% ACHARAM QUE A OBRA PODERIA TER SIDO ADIADA COM A IMPLANTAÇÃO DE MEDIDAS PREVENTIVAS. POR FIM, A MAIORIA, 59,7%, CONSIDEROU A MÁ GESTÃO DOS RECURSOS HÍDRICOS COMO PRINCIPAL CAUSA DA CRISE E, POR ISSO, 61,2% ACREDITAM QUE A LOCALIDADE PASSARÁ POR NOVOS PERÍODOS DE ESCASSEZ, MESMO COM A TRANSPOSIÇÃO, DEMOSTRANDO UM SIGNIFICATIVO SENSO CRÍTICO DOS CAMPINENSE NO CONTEXTO PESQUISADO.