O PRESENTE TRABALHO TEM COMO OBJETIVO ANALISAR A REALIDADE DO TRABALHO DOMÉSTICO NO BRASIL, BEM COMO DO PERFIL DE RAÇA, GÊNERO E CLASSE POSTO AO MESMO, A DESENHAR ALÉM DA FORMA MAJORITÁRIA COMO MULHERES E, SOBRETUDO, MULHERES NEGRAS ESTÃO INSERIDAS NESSA OCUPAÇÃO, A FORMA COMO O MESMO É DESVALORIZADO. PARA ISSO, REALIZAMOS UMA PESQUISA DE REVISÃO DE LITERATURA E ANÁLISE DE DADOS SECUNDÁRIOS, QUE DIALOGARAM DE FORMA A IDENTIFICAR E ANALISAR ESTE PROCESSO A PARTIR DA DESVALORIZAÇÃO DOS TRABALHOS DITOS FEMININOS, ISTO É, COMO DONS NATURAIS DAS MULHERES E SOB A HERANÇA ESCRAVOCRATA DO MESMO, INSERINDO-SE DENTRO DE CARACTERÍSTICAS AINDA SEMELHANTES A ESTE PERÍODO, POSTO POR UM LUGAR SOCIAL INFERIORIZADO À POPULAÇÃO NEGRA. ADEMAIS, A FORMA COMO ESTA RELAÇÃO ESTÁ POSTA NA SOCIABILIDADE BURGUESA IMPLICA COMO A MESMA RACIONALIZA A EXPLORAÇÃO DA CLASSE TRABALHADORA, POTENCIALIZANDO ESTA EXPLORAÇÃO A PARTIR DO GÊNERO E DA RAÇA. NESSE SENTIDO, NO DECORRER DO REFERIDO TRABALHO FOI POSSÍVEL IDENTIFICAR AS CATEGORIAS RELAÇÕES PATRIARCAIS DE GÊNERO, RAÇA E CLASSE, QUE CARACTERIZAM A CHAMADA DIVISÃO SEXUAL RACIALIZADA DO TRABALHO. ESTA QUE SE CARACTERIZA PELA DESIGNAÇÃO PRIORITÁRIA DOS HOMENS À ESFERA PÚBLICA, EM DETRIMENTO ÀS MULHERES À ESFERA PRIVADA, DENTRO DA DINÂMICA ENTRE PRODUÇÃO E REPRODUÇÃO, DETERMINAÇÃO ESTA INTENSIFICADA PELA CONDIÇÃO DE RAÇA, POSTO A INFERIORIZAÇÃO A PARTIR DESSA, TAL QUAL A NEGRA. DIANTE DISSO, FOI POSSÍVEL CONCLUIR QUE ESSAS IMPLICAÇÕES SE ARTICULAM E SE COLOCAM COMO ESTRUTURANTES DESSE PROCESSO, A DENOTAR A PERSISTÊNCIA DA DESVALORIZAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO NO BRASIL.