O envelhecimento populacional tem se configurado como um desafio da atualidade, evidenciando um paradoxo importante: se de um lado a longevidade é desejada e celebrada, do outro, representa, no mundo capitalista, um ônus considerável para a sociedade e o Estado devido à suas diversas limitações, dentre elas, a maior incidência dos transtornos psicológicos. O contexto de pandemia estabelecido pela disseminação do vírus SARS-CoV-2 demandou um conjunto de ações preventivas em nível global e, no Brasil, a elevada taxa de contaminação e mortalidade culminou na adoção de medidas preventivas mais rígidas. Nesse cenário, o presente trabalho pretende analisar como a pandemia refletiu no aumento de transtornos psicológicos em idosos, tendo em vista a mudança de comportamentos e de hábitos acarretada pela pandemia do Covid-19 bem como o fato de que a desconexão social é diretamente proporcional à ocorrência de casos de ansiedade. Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, através da BVS e da SciELO, utilizando os operadores booleanos Transtorno de Ansiedade AND Idosos AND COVID, no período de 2019 a 2021, no idioma português. Apesar de poucos estudos abrangendo a temática em questão, identificou-se que as limitações naturais do processo de envelhecimento, sobretudo as de ordem psicológica, foram intensificadas no período pandêmico em decorrência da incerteza e receio de contrair a doença e\ou quais seriam os sintomas. Desse modo, observou-se que o transtorno de ansiedade sofreu um aumento na população idosa durante a pandemia, não somente por interferir na saúde física, deixando sequelas, mas também pela mudança de hábitos e o isolamento social.