A pandemia da COVID-19 alcançou em grandes proporções a pessoa idosa. É importante que os profissionais de saúde domiciliados com idosos utilizem medidas de proteção para evitar a disseminação do vírus entre esse público. O objetivo do presente estudo foi identificar as medidas não farmacológicas de prevenção da COVID-19 adotadas pelos profissionais de saúde no convívio domiciliar com idosos. Trata-se de um estudo transversal, desenvolvido em todas as regiões do Brasil entre outubro e dezembro de 2020. Foram elegíveis profissionais de saúde atuantes na assistência durante a pandemia da COVID-19 e que residissem com pessoas idosas. A coleta de dados ocorreu por meio de inquérito online. O formulário abordava questões sociodemográficas e ocupacionais, assim como as medidas não farmacológicas de prevenção da COVID-19 utilizadas no ambiente domiciliar. Os dados foram analisados através de estatística descritiva. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética com parecer nº 4.258.366. A amostra foi composta por 3.944 profissionais (100%), maioria do sexo feminino (83,3%), na faixa etária de 18 a 39 anos (70,3%), com pós-graduação (50,4%), da região Nordeste (36,9%), com predomínio de profissionais de enfermagem (77,3%). Quanto as medidas não farmacológicas de prevenção da COVID-19 adotadas no convívio domiciliar com idosos, 3.875 (98,3%) relataram fazer uso de pelo menos uma dessas medidas. A higiene das mãos obteve a maior frequência (95,3%), seguida de limpeza do ambiente (88,2%), higiene dos alimentos (75,7%), uso de máscara de tecido (55,3%), distanciamento físico dos familiares (55,3%) e separação de utensílios domésticos (26,1%). É possível concluir que os profissionais de saúde apresentaram uma boa adesão das medidas não-farmacológicas no convívio domiciliar com idosos, entretanto, é importante reforçar os conhecimentos acerca de tais medidas através de atividades de educação em saúde, com o intuito de reduzir a disseminação do vírus entre os idosos.