As doenças crônicas não transmissíveis são de extrema significância para saúde pública, tanto a nível nacional como a nível mundial, em virtude dos seus altos índices de morbimortalidade. Dentre elas, pode-se destacar o diabetes mellitus, devido a maior probabilidade do surgimento de complicações ao longo prazo, o que pode levar a diminuição da capacidade funcional e autonomia da pessoa idosa acometida. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo analisar o perfil sociodemográfico e as condições de saúde de pessoas idosas com diabetes mellitus tipo 2. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa, realizado com 144 pessoas idosas atendidas nas Unidades de Saúde da Família, na cidade de João Pessoa, Paraíba. Os dados foram coletados utilizando um instrumento semiestruturado. A análise se deu através da estatística descritiva. O projeto foi aprovado sob parecer de nº 3.411.237. Foi observado uma maior frequência do sexo feminino (66,7%), idade entre 65 e 69 anos (34,0%), casados ou que viviam em união estável (54,9%), nove a 12 anos de estudo (33,3%), religião católica (63,9%), sem ocupação (80,6%), renda pessoal e familiar entre um e três salários mínimos (88,2% e 88,9%, respectivamente), aposentados (75,0%), residiam apenas com o cônjuge (25,0%), não consumiam bebidas alcoólicas (89,6%), realizavam atividades de lazer (56,3%), percebiam a sua saúde como nem boa nem ruim (49,3%), possuíam alguma comorbidade associada ao diabetes (84,0%), com maior prevalência de hipertensão arterial (76,4%) e faziam uso diário de hipoglicemiante oral (89,6%). Estes achados podem subsidiar a elaboração de políticas públicas e intervenções de saúde, em especial da enfermagem, que visem melhores condições de saúde a esse perfil populacional, prolongando ainda mais a longevidade com qualidade de vida.