A solidão é silenciosa, amedronta alguns, alivia outros. É refúgio e pode ser também pesar. Pode promover o fomento às subjetividades do humano e trazê-lo às artes. Ao longo da história da humanidade, a solidão se inscreve sorrateira e não desejada pela maioria, mas o fato é que ela existe ou vai existir, concretamente, para o ser humano em algum dado momento de sua existência. Não obstante, o processo de envelhecer pode trazer consigo a possibilidade da solidão e há até quem a prefira se comparada a uma vida boêmia e cheia de agitos. A virtude da longevidade talvez carregue em si também o peso das perdas afetivas e a subtração cada vez mais freqüente de possibilidades de companhia, seja pela viuvez ou pela morte de amigos próximos, seja pela ausência dos filhos no seio familiar. O objetivo deste trabalho deteve-se em analisar como a literatura científica atual tem tratado o advento da solidão na terceira idade e, para tal fim, foi realizada uma Revisão Integrativa da Literatura utilizando como base de dados a Scielo (Scientific Electronic Library Online). Os resultados obtidos revelam que o sentimento de solidão é mais freqüente entre idosos (as) viúvos (as) e/ou divorciados e tratam também da importância das filhas e netas no contexto de cuidados e companhia a esses idosos. As atividades lúdicas de convivência interpessoal foram apontadas como eficazes para amenizar os efeitos deletérios do isolamento social tão comum na Senescência.