Nesse trabalho abordaremos práticas de educação ambiental na disciplina de História desenvolvidas na Escola José Alves de Figueiredo, em Crato-CE. Faremos uma reflexão intercalando elementos teóricos que tangem à educação ambiental e ensino de História com as práticas desenvolvidas. Dentre elas: minicurso voltado para o estudo do conceito de sustentabilidade tendo como estratégia a compreensão conceitual a partir da experiência desenvolvida pela comunidade Caldeirão, em Crato, de 1926 a 1936. Minicurso sobre epidemias e pandemias, ressaltando a relação homem/natureza e seu papel ativo na disseminação das doenças e buscando identificar semelhanças de como a sociedade e o poder público tem encarado as epidemias e pandemias. Minicurso e produção de vídeo sobre o Rio Grangeiro, tendo-o como elemento chave para trabalhar a degradação dos rios, os impactos da poluição ambiental e a especulação imobiliária como agente potencializador do desmatamento, poluição dos rios e nascentes. Trilha ecológica no Sítio Fundão, importante Unidade de Conservação, dentro da qual corre o Rio Batateira. A trilha ecológica se constituiu como instrumento metodológico para sensibilizar os alunos da necessidade de cuidar do meio ambiente, rompendo com a visão homem versus natureza passando a enxergar os entrelaçamentos entre essas duas esferas. Oficina de réplicas de fósseis, destacando a importância de seu estudo, preservação e combate ao tráfico ilegal de fósseis. As ações pedagógicas possibilitaram aos estudantes conhecer como se deu a relação do homem com o meio ambiente, do início da colonização ao tempo presente, no município de Crato, percebendo a necessidade de uma mudança de mentalidade com relação a forma de lidar com a natureza. Norteamos as atividades numa postura crítica evitando uma visão romântica do desenvolvimento sustentável no turismo (MESQUITA 2006), ressaltando os impactos ambientais do turismo ecológico (RUSCHMANN, 1992) contribuindo para a formação de uma compreensão crítica por parte dos estudantes.