O laboratório é um campo vasto para o desenvolvimento da autonomia do aluno, permitindo testar suas ideias sobre determinados fenômenos e, assim, levantar hipóteses. A ampliação das aulas de caráter lúdico e científico em diferentes áreas da geografia física possibilitam um maior desenvolvimento qualitativo e prático dos discentes, bem como uma expansão dos significados do espaço escolar enquanto ambiente multidisciplinar e interdisciplinar no contexto Novo Ensino Médio (BOTELHO; MARQUES; OLIVEIRA 2019; CAMPOS, 2020; LIMA, 2010). Nesse sentido, o objetivo do presente estudo foi analisar as contribuições do desenvolvimento de experimentos em laboratório escolar de ciências sobre solos, sua formação e desenvolvimento pedogenético. A pesquisa foi desenvolvida com 40 alunos do 1º ano da disciplina eletiva de Geografia do Ceará, da escola de ensino médio General Murilo Borges Moreira, situada no município de Fortaleza – Ceará. A pesquisa usou de metodologia qualitativa (BOGDAN; BIKLEN, 1994), desenvolvida a partir da realização de experimentos de análise de solos em laboratório pelos discentes e suas percepções dessa atividade. Os instrumentos de coleta de dados utilizados foram questionários, roteiros norteadores e avaliações realizadas em cada atividade prática com os discentes. Após os experimentos em laboratório os alunos conseguiram reconhecer minerais e rochas e associá-los com elementos químicos; diferenciação de horizontes; composição de partículas dos solos e sua relação com a cor compreensão das características morfopedológica e seu vínculo com os demais elementos da paisagem. Os experimentos no laboratório de caráter investigativo, prático e interdisciplinar foram essenciais para a compreensão do processo de formação e identificação dos tipos de solos, bem como sua importância no contexto de uso e ocupação no Estado do Ceará. Provocou-se a reflexão sobre a importância de práticas conservacionistas no uso desse elemento e recurso natural.