Artigo Anais do IX Seminário Corpo, Gênero e Sexualidade

ANAIS de Evento

ISBN: 978-65-86901-66-5

A MANICOMIALIZAÇÃO DOS CORPOS DE MULHERES LÉSBICAS E BISSEXUAIS: HISTÓRIAS (AINDA) POUCO CONTADAS

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Publicado em 05 de junho de 2025

Resumo

No início do século XX, houve um avanço e fortalecimento dos hospitais psiquiátricos no Brasil. Nesse contexto, as mulheres ficaram ainda mais na mira do controle e da regulação por parte do saber-poder psi, sendo seus corpos e suas formas de exercer a sexualidade centrais na distinção entre as consideradas normais e as classificadas como anormais/loucas e na atribuição dos diagnósticos psiquiátricos. Práticas sexuais entre mulheres, como o “safismo” e o “tribadismo”, eram julgadas como graves desvios e perturbações mentais. Todavia, apesar de historicamente ter ocorrido (e ainda ocorrer) a patologização de corpos e sexualidades dissidentes, como ocorre com mulheres lésbicas e bissexuais, ainda há poucas produções acadêmicas que não só abarquem o tema da sexualidade das mulheres no contexto asilar, mas foquem nas histórias de mulheres Lés-Bi que foram psiquiatrizadas e encarceradas em manicômios. Neste trabalho, tivemos como objetivo mapear e problematizar – a partir de fundamentação teórica feminista pós-estruturalista e contracolonial e por meio de produções acadêmicas contemporâneas – algumas histórias de mulheres Lés-Bi que foram atravessadas pela manicomialização no século XX. Ao pesquisar em três plataformas digitais (Scielo, Base de Teses e Dissertações (BDTD) e Plataforma CAPES), selecionamos apenas três trabalhos que nos trouxeram duas histórias: a de Rosa e a de E.R. Apesar de apresentarem atravessamentos distintos de tempo-espaço, ambas as histórias apontam para a invisibilização das trajetórias dessas mulheres até os dias atuais e nos trazem os seguintes questionamentos: a escassez de trabalhos se deve ao fato de mulheres lésbicas e bissexuais não terem sido encarceradas em hospitais psiquiátricos? Ou a ausência de trabalhos sinaliza um apagamento histórico de trajetórias de mulheres que romperam com um sistema de gênero colonial heteronormativo? Como situamos a memória de tais corpos? E mais, como a psicopatologização e a manicomialização desses corpos e prazeres vêm se (re)atualizando no presente?

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