Artigo Anais XI Congresso Nacional de Educação

ANAIS de Evento

ISSN: 2358-8829

AMOR E EDUCAÇÃO CIENTÍFICA ANTIRRACISTA: UM PRIMEIRO PASSO PARA ENTENDER TAIS RELAÇÕES

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Publicado em 02 de dezembro de 2025

Resumo

A partir de uma perspectiva crítica e antirracista da educação científica, destaca-se a importância da materialidade no entendimento dos fenômenos que compõe a vida (Santos, 2024). Com base na concepção de amor de bell hooks (2020), que envolve afeto, compromisso, respeito e comunicação aberta, acredita-se que uma educação científica crítica e antirracista pode contribuir para a formação docente. Nesse contexto, um projeto de extensão da UEG (Iporá) buscou promover encontros entre docentes da educação básica. Este trabalho analisa um encontro com docentes de uma escola de tempo integral, investigando suas concepções prévias sobre o amor. A pesquisa, de abordagem qualitativa, utilizou a análise temática como método (Borges; Silva, 2017). No grupo com 18 docentes, cada participante escolheu uma entre seis imagens que representavam sua concepção de amor. As escolhas mais frequentes foram: uma mulher abraçada a uma criança sorridente (7), mãos formando um coração (5) e um coração em formato de nuvem (3). O grupo associou o amor à família, à imagem de Deus (perspectiva cristã) e ao respeito pela diversidade. Evidenciou-se uma contradição entre respeito à diversidade (religiosa) e amor a um Deus (o cristão). Após apresentar e debater a partir das noções de amor para bell hooks, o grupo destacou palavras como empatia, comunicação, respeito e responsabilidade. Conclui-se que discutir o amor em espaços formativos pode contribuir para a reflexividade docente. O fortalecimento de ações de extensão deste gênero, contribuem para ampliar diálogos rumo a uma práxis educativa que considere o amor e, portanto, a justiça diante das desigualdades raciais.

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