O artigo propõe discutir a formação inicial de professores que atuam na Educação de Jovens e Adultos. Trata-se de um campo complexo pois a formação exige conhecimentos, saberes, estratégias que fundamentam o trabalho didático-pedagógico. Defende-se o pressuposto de que a formação inicial superior constitui a base para profissionalização docente. O referencial teórico contempla os princípios básicos da educação de jovens e adultos e o movimento de formação e profissionalização docente no Brasil. A pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratório busca investigar que elementos formativos foram considerados no processo de formação inicial das professoras pedagogas, em um Centro de Educação de Jovens e Adultos, no município de Mossoró/RN. Aplica-se um questionário com perguntas abertas e fechadas e realiza-se observações simples de modo a identificar, á partir do posicionamento das professoras, a contribuição da formação inicial para suas práticas pedagógicas. No confronto teoria-empiria, identifica-se aspectos que apontam lacunas na formação inicial e a prioridade em melhores condições de trabalho para os docentes que atuam na EJA. Destaca-se como aspecto positivo a reformulação no atual currículo do curso de Pedagogia, pois observa-se que o currículo anterior a 2007, no qual as professoras realizaram sua formação, não abordava as questões da EJA. Como a formação não discutia a EJA as docentes investigadas atuavam nessa modalidade de ensino por acaso, sem a devida preparação. Reconhecem a necessidade de formação adequada e os desafios constantes na atuação pedagógica de um educar progressista. A preocupação esta em formar o futuro professor com habilidades e competências para atender as particularidades dos educandos da EJA, com reconhecimento e valorização profissional, um sujeito que participe também nas decisões focadas para as reformas educacionais.