O presente artigo tem como foco promover a discussão acerca da influência da Arteterapia nas práticas comunitárias em saúde, utilizando como metodologia a revisão de literatura. Tendo como justificativa para essa temática as diversas metodologias participativas como dispositivo para promoção e participação no tratamento em relação à saúde mental. A partir disto, realizou-se uma breve apresentação das metodologias participativas e do seu surgimento juntamente com um novo modelo de saúde pensado a partir do Reforma Sanitária, juntamente com a Reforma Psiquiátrica, e nos princípios básicos do Sistema Único de Saúde, contextualizando historicamente a arteterapia, e sua aplicação nas práticas comunitárias de saúde, tendo em vista que é uma metodologia que pode ser usada com diversos públicos e abordando variados temas, de forma interdisciplinar, trazendo como exemplo alguns relatos de artigos desenvolvidos em grupos de arteterapia. Surgindo com influencias das teorias de Freud e Jung, vendo a expressão da arte como manifestação do inconsciente, a arteterapia possui várias abordagens, tendo como principais a Psicanalítica, Junguiana e Gestaltica, porém, ambas visam a potencialização dos sujeitos ou grupos, tendo como meios utilizáveis desenho, pintura, colagem/recorte, gravura, tecelagem, modelagem, escultura, construção, teatro, tabuleiro de areia, escrita criativa, de maneira que sejam utilizáveis de acordo com a realidade demandanda, podendo ser utilizada em diversos ambientes, como a escola, clínica, comunidade. Podendo-se ter como conclusão, a arteterapia como instrumento capaz para promover desenvolvimento na expressão da subjetividade do sujeito, sem caráter estético, mas como prática humanizadora que respeita as demandas socioculturais, possibilitando também ao sujeito uma melhor percepção de si e diminuição de sua inibição.