Artigo Anais II CONBRACIS

ANAIS de Evento

ISSN: 2525-6696

ATIVIDADE ANTIBACTERIANA E EFEITO INTERATIVO IN VITRO DE EXTRATOS E FASES PARTICIONADAS DE PIPER MONTEALEGREANUM YUNCKER FRENTE A MICRO-ORGANISMOS GRAM-NEGATIVOS

Palavra-chaves: PIPERACEAE, INTERAÇÃO, ANTIMICROBIANOS. Comunicação Oral (CO) AT-03: Farmácia
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Publicado em 14 de junho de 2017

Resumo

A pesquisa sistemática para a obtenção de novas substâncias com finalidade terapêutica pode ser executada por meio de vários processos dentre eles a síntese de novas moléculas e modificação molecular de substâncias naturais. Este trabalho teve como objetivo avaliar a atividade antibacteriana do extrato etanólico bruto (EEB), a fase clorofórmica (CHCl3) e a fase acetato de etila (ACOEt) de Piper montelegreanumYuncker, determinar a concentração inibitória mínima – CIM dos produtos ativos e a interação dos produtos testados com os seguintes antimicrobianos: ampicilina 10mcg (AMP), gentamicina 10mcg (GEN), ciprofloxacino 5mcg (CIP), cloranfenicol 30mcg (CLO), sulfametoxazol 25mcg (SUT), tetraciclina 30mcg (TET) e eritromicina 5 mcg (ERI). A avaliação da atividade antibacteriana e as interações foram realizadas pelo método de disco difusão. Para a interação foram adicionados 20µL da solução de cada produto ao disco do antimicrobiano, os solventes utilizados no preparo dos produtos também foram testados durante a avaliação da atividade antimicrobiana bem como nas interações. Foram testadas duas cepas padrão American Type Culture Collection (ATCC): Escherichia coli ATCC 25922 e Pseudomonas aeruginosa ATCC 27853. Foi possível verificar que tanto o extrato etanólico bruto (EEB) como as fases clorofórmica (CHCl3) e acetato de etila (ACOEt) não apresentaram atividade frente as cepas ensaiadas, fato evidenciado pela ausência de halos de inibição de crescimento, após incubação a 37 ºC por 24 horas, impossibilitando portanto, a determinação da CIM. Em relação às interações realizadas com os antimicrobianos, observou-se, in vitro, modificação do comportamento da droga evidenciando possível antagonismo frente a P.aeruginosa, enquanto que frente a E. coli verificou-se possível sinergismo na maioria das interações. Através dos resultados obtidos pode-se concluir que os produtos de P. montealegreanum testados isoladamente não apresentaram atividade antibacteriana frente às cepas ensaiadas. No entanto, foram capazes modificar o efeito dos antimicrobianos quando testados associados a estes. Os resultados destas interações devem ser melhor investigadas, em estudos futuros, visando à identificação e a determinação da concentração das substâncias ativas, em cada parte da planta, podendo assim evidenciar quais substâncias são capazes de promover efeitos interativos com os antimicrobianos.

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