O presente trabalho tem como objetivo analisar as contradições/experiências sociais existentes na comunidade Tatus, localizada na cidade de Ilha Grande do Piauí, na região do Delta do Parnaíba. Especificamente, analisar o fazer-se comunitário da região dos Tatus em negligência de educação política/relações sociais formadoras de consciência e ação crítico-reflexiva. Para tanto nos apropriamos da perspectiva do materialismo histórico dialético. O fio condutor da análise se processa metodologicamente no entrelaçamento de diversas fontes (orais e escritas). Em nossas analises da região estudada, a atividade turística é realizada sem a participação efetiva da comunidade local tanto no seu processo de planejamento quanto na execução das atividades, fato que dificulta o relacionamento com os turistas que a visitam e ocasiona, em nossas hipóteses, uma formação humana direcionada ao estranhamento e a ausência de engajamento político do público nativo. Referido distanciamento/estranhamento da população denota o processo de apropriação da atividade turística local pelas instâncias capitalistas de acumulação desigual de riquezas.