RESUMO
Objetivo: Analisar a influência da dor, disfunção musculoesquelética e osteoartrite (OA) de joelho sobre os aspectos emocionais e mentais de idosas. Métodos: Avaliamos 65 idosas, dividindo a amostra com base na radiografia do joelho e no escore total do questionário WOMAC, levando os pontos de corte da Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF). O grupo com OA (GOA) foi composto por 43 idosas (idade: 69 ± 8 anos; massa: 69,1 ± 12,6 kg; estatura: 1,59 ± 0,07 m; IMC: 27,27 ± 4,81) e o GC por 22 idosas (idade: 66 ± 7 anos; massa: 64,7 ± 12,7 kg; estatura: 1,54 ± 0,06 m; IMC: 27,15 ± 5) sem OA do joelho. Foram utilizados os questionários WOMAC (dor, rigidez e função) e a Escala de Depressão, Estresse e Ansiedade (DASS-21). Resultados: A Regressão de Poisson demonstrou que o aumento de um nível de dor, de acordo com a CIF, aumenta a probabilidade do indivíduo desenvolver estresse (p=0,003), ansiedade (p=0,003) e depressão (p=0,015). O aumento de rigidez e redução da função não se mostrou relacionada com a probabilidade de desenvolvimento de depressão, ansiedade e estresse. Conclusão: Transtorno de depressão, ansiedade e estresse em pacientes com OA de joelho só se mostraram evidentes quando considerados os domínios de dor, função e rigidez articular do WOMAC, com base nos valores de corte da CIF. A dor foi o único aspecto da doença que demonstrou aumento de probabilidade para que as idosas desenvolvessem depressão, ansiedade e estresse; devendo esse aspecto ser considerado nos processos de reabilitação da doença.