A Esquistossomose Mansônica (EM) é uma condição endêmica em todo o país e considerada um problema de saúde pública por atingir milhões de pessoas e provocar número expressivo de formas graves podendo levar ao óbito. É mais prevalente em regiões tropicais e subtropicais, principalmente entre a população mais pobre que não possui acesso a saneamento básico e água tratada. Além disso, é considerada uma doença tropical negligenciada (DTN) pela falta de interesse da indústria farmacêutica e falta de investimento em pesquisa para sua erradicação.³ Apesar da diminuição do número de casos nos últimos três anos, essa doença ainda continua sendo um grave problema de saúde pública. Em 2015, o estado de Alagoas apresentou uma incidência que representou 52,4% dos casos totais positivos no Brasil. Considerando a endemicidade da doença no estado de Alagoas e reconhecendo a importância da enfermagem no manejo dos sintomas, esse trabalho objetiva relatar a experiência de acadêmicos de Enfermagem sobre a assistência prestada a um idoso com diagnóstico prévio de EM e suas complicações em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No decorrer da internação, foi possível na prática acadêmica a compreensão do quadro clínico do paciente e as ligações entre sinais e sintomas apresentados com as condutas clínicas eleitas dadas a complexidade do caso. A realização deste estudo oportunizou aos acadêmicos que participaram do cuidado deste paciente uma investigação minuciosa, permitindo o desenvolvimento dos principais cuidados de enfermagem referentes a esta patologia, seguindo uma assistência sistematizada, que proporcionou conforto ao paciente e segurança na administração de componentes e medicamentos necessários para a sua evolução positiva. Tornou-se possível associar os sintomas apresentados com o desenvolver da doença e suas complicações. Evidenciou-se também, que este relato de experiência proporciona mais visibilidade a uma doença tão negligenciada, que necessita de mais pesquisa e cuidados pelos profissionais de saúde.