INTRODUÇÃO: Em nível mundial, a população que mais cresce atualmente é aquela composta por pessoas com 60 anos ou mais. Vale salientar que processo de envelhecimento vem sendo atrelado comumente a um aumento significativos do número de condições crônicas, corroborando para alterações que culminam no comprometimento da saúde física, mental e social na respectiva população, dentre as quais destacam-se as síndromes geriátricas. Por sua vez, as “síndromes geriátricas” são caracterizadas pela incapacidade cognitiva, instabilidade postural, incontinência urinária (IU), incapacidade comunicativa, iatrogenia, insuficiência familiar. Nesse contexto o presente estudo, representa subsídios importantes para o planejamento, e a implementação de intervenções de enfermagem específicas e, também, de outros profissionais da saúde, suscitando a melhoria da assistência prestada. Sendo assim, objetivou-se investigar a compreensão de enfermeiros acerca da incontinência urinária em pessoas idosas hospitalizadas, assim como verificar a assistência de enfermagem frente a tal problemática. MOODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa com alcance exploratório e abordagem qualitativa, desenvolvida em uma unidade clínica de um Hospital público, localizado na cidade de João Pessoa, Paraíba. A amostra foi composta por 14 enfermeiros plantonistas da referida unidade. Os dados foram coletados no período de março a abril de 2017, através de entrevista semiestruturada, e analisados por meio da proposta de análise de conteúdo, na modalidade análise temática transversal, descrita por Bardin. O estudo atendeu às diretrizes da Resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde, e foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Ciências Medicas da Paraíba (FCMPB), conforme protocolo nº 020/2017. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A partir da análise temática emergiram duas categorias relevantes: (I) Incontinência urinária em pessoas idosas hospitalizadas: compreensão de enfermeiros (II) Assistência de enfermagem acerca da incontinência urinária em pessoas idosas hospitalizadas. Quanto à categoria I, observou-se o conhecimento dos enfermeiros entrevistados acerca da IU em pessoas idosas hospitalizadas, remetendo-se a perda de urina de maneira involuntária, que apresenta forte relação com o processo de envelhecimento e também com o sexo feminino, além de reconhecê-la como um tipo de síndrome geriátrica que tem associação com importantes fatores como o risco de quedas. No tocante à categoria II, verificou-se assistência de enfermagem atrelada ao manejo do paciente idoso com IU no ambiente hospitalar, lançando mão de estratégias como a implementação da SAE, com identificação de diagnósticos de enfermagem, assim como a identificação de fatores de risco como o tabagismo, caminhando assim para o exercício excelente e competente da profissão de enfermagem. CONCLUSÃO: Desse modo, espera-se que este estudo possibilite novas reflexões e uma maior investigação acerca da IU em pessoas idosas hospitalizadas, com o objetivo de integralizar, e desse modo, humanizar a assistência de enfermagem. É oportuno destacar que o estudo apresenta algumas limitações, entre elas, a impossibilidade de generalizar os resultados, porquanto se trata de uma pesquisa de natureza qualitativa, com um número reduzido de participantes.