INTRODUÇÃO: Atualmente o Brasil está passando por uma transição demográfica e epidemiológica, com aumento dos idosos e de doenças crônicas. Dentre essas doenças pode-se destacar o diabetes mellitus (DM). A não aderência ao tratamento do DM pode ocasionar diversas complicações ao indivíduo, dentre elas o pé diabético. OBJETIVO: O estudo teve como objetivo descrever as características sociodemográficas e clínicas dos idosos diabéticos acompanhados no Ambulatório de Pé Diabético de um hospital de ensino de um município do interior de Minas Gerais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, observacional e transversal, de abordagem epidemiológica. O estudo consistiu em uma pesquisa com dados secundários, relacionados à Ficha de Avaliação de idosos com DM que frequentam um Ambulatório de Pé Diabético de Uberaba. A população de referência foi constituída por todos os pacientes idosos atendidos no Ambulatório no período de Agosto de 2015 a Agosto de 2016, totalizando uma amostra de 59 fichas. Foi realizada análise estatística descritiva. RESULTADOS/DISCUSSÃO: Na população pesquisada houve prevalência de idosos do sexo masculino, que moravam com o companheiro, aposentados e média de idade de 68,52 (DP=6,3) anos. A maioria dos idosos (97,8%) apresentavam Diabetes Mellitus tipo 2, com média de tempo de diagnóstico de 16,79 anos (DP=8,04). Os medicamentos hipoglicemiantes mais utilizados foram as biguanidas (69,6%). As comorbidades presentes foram hipertensão e doença renal. Quanto aos hábitos de vida, a maior parte relatou não ser tabagista e nem etilista, não praticar nenhuma atividade física e nem realizar a dieta para diabéticos. CONCLUSÃO: Este estudo mostrou que os pacientes acompanhados em um Ambulatório de pé diabético do município de Uberaba-MG, eram na maioria do sexo masculino, moravam com companheiro, eram aposentados, idosos jovens (idade média de 68,52 anos), com média de tempo de diagnóstico do DM de 16,79 anos. Por sua vez, o sedentarismo elevado, as doenças do aparelho circulatório e idosos com mais de 15 anos com DM, se apresentam como indicadores importantes para que o serviço pesquisado possa intervir de forma mais intensa para a preservação da saúde dos pés e da qualidade de vida destes usuários. A orientação do sapato adequado, e o monitoramento dos sintomas neuropáticos também se faz importante.