Propõe-se neste artigo, analisar a tríade educação, participação e cidadania a partir do contexto histórico brasileiro pós-redemocratização, momento em que a luta perpassa tais dimensões. Pretende-se com essa análise, problematizar os mecanismos que interferem diretamente no exercício da cidadania, na participação social e na oferta de uma educação libertadora, refletindo de que maneira os autores contribuem para pensar essa educação na contemporaneidade. Compreende a educação e a participação social como direitos dos cidadãos, constituindo-se como pilares para construção de uma estrutura democrática de sociedade, tendo em vista que o avanço da perspectiva democratizante sempre esteve ameaçado pela supremacia do fator econômico. Portanto a pesquisa tem cunho bibliográfico e remete as questões sobre Estado de Direito e Cidadania a Bobbio, Carvalho, Santos e Cury; Participação Social a Gohn, Sani, Toro, Demo e Guerra; sobre Educação e Democracia a Santos, Freire, Morin, Arroyo, dentre outros. Estes oferecem uma perspectiva histórica e crítica sobre a temática e concebem educação como processo inerente ao fenômeno da participação e elemento fundante de uma sociedade democrática. Ainda que a formação do cidadão esteja presente nas pautas educativas como meta principal, o que se observa hoje é o recrudescimento de valores que se contrapõem à atuação cidadã, promotora da mudança social. Nesse contexto, cabe discutir educação, participação e cidadania na perspectiva da defesa da construção de uma sociedade mais humana e igualitária. Os estudos indicam que para avançar na construção dessa sociedade democrática faz-se necessário a educação e a participação ativa dos cidadãos nos diversos espaços de interesses coletivos.