DE QUEM SE FALA E PARA QUEM SE FALA? O ENSINO DE GEOGRAFIA E A DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL
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Considerar tais especificidades torna-se essencial para que entendamos a afirmação e\r\n reprodução de uma cultura hegemônica, a qual perpetua-se através do currículo e dos livros didáticos.\r\n Compreendendo a escola como um ambiente de encontro de diferentes culturas, discutiremos acerca\r\n do currículo como uma construção social, caracterizando-se como “arma” ideológica, que contribui\r\n para a supremacia de uma cultura dominante sobre as outras e, posteriormente, problematizamos\r\n acerca da discussão da temática étnico-racial no ensino de Geografia, a partir do livro didático e da Lei\r\n 10.639/03. Diante disso, apresentaremos reflexões acerca da Lei 10.639/03 que estabelece a\r\n obrigatoriedade do ensino de História e Cultura Afro-Brasileira em todo o currículo escolar, na qual\r\n trataremos especificamente no Ensino de Geografia para o Ensino Fundamental I. Neste sentido,\r\n temos como objetivo refletir como ensino e o livro didático podem contribuir para a perpetuação de\r\n práticas de exclusão e reforçar a supremacia de uma cultura dominante, desconsiderando a diversidade\r\n racial e cultural existente na sociedade e no próprio contexto escolar. Para tanto, a metodologia de\r\n estudo utilizada foi a pesquisa bibliográfica, por tratar de materiais já publicados sobre a temática, a\r\n fim de fundamentar tais discussões. Mediante o exposto, identificamos que o currículo não é neutro,\r\n havendo interesse de determinadas classes, que perpetuam-se através deste e, consequentemente,\r\n influencia diretamente no ensino. 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