Introdução: A síndrome metabólica (SM) tem alta prevalência no Brasil. Estudos apontam relação da SM com o sedentarismo, inatividade física e elevação da faixa etária. O objetivo foi testar a associação entre dependência funcional e a síndrome metabólica em idosos estratificado por sexo. Métodos: Estudo transversal, de base populacional e domiciliar, conduzido com 593 idosos (≥60 anos), de ambos os sexos, de Florianópolis, realizado em 2013/2014. A SM foi classificada pela presença de pelo menos três dos cinco componentes: circunferência da cintura aumentada (homens:≥102 cm, e mulheres:≥88 cm), glicemia de jejum aumentada (>100mg/dL), baixos níveis de HDL (homens:40mg/dL, e mulheres:50mg/dL), hipertrigliceridemia (>150mg/dL) e pressão arterial elevada (≥130/85mmHg). A dependência funcional foi classificada em ausência (dependência ≤3 atividades) e presença (dependência ≥4 atividades), avaliada pelo Questionário Brasileiro de Avaliação Funcional Multidimensional. Utilizou-se regressão logística multivariável ajustada por grupo etário, escolaridade, renda, trabalho, estratificado por sexo. Resultados: A prevalência de SM e dependência funcional de foi de 54,6% (IC95%:46,3-62,7) e de 17,8% (IC95%:11,3-26,9), no sexo masculino, e de 55,7% (IC95%:48,1-63,1) e de 29,6% (IC95%:22,7-37,5) no sexo feminino, respectivamente. Na análise bruta, as idosas com dependência funcional apresentaram 3,85 (IC95%:2,02-7,32) mais chances de ter SM, e na multivariável, 3,95 (IC95%:2,12-7,27). Para o sexo masculino, não houve associação. Conclusão: A dependência funcional dos idosos apresentou relação com a presença da SM em mulheres idosas. Deve-se dar atenção especial a esse grupo visto que tanto a dependência funcional quanto a SM tendem a aumentar com o envelhecimento.