Este trabalho apresenta uma discussão provocativa acerca do modo de produção capitalista contemporâneo. Utilizamos o discurso escolar como analisador das práticas pedagógicas, a sedução seria um modo de ação micropolítica em diversos níveis, buscando constranger a vida em sua diferença, controlando os desvios e aniquilando o outro de alguma forma. Optamos em desenvolver rodas de conversa, com os alunos das séries finais do ensino fundamental de uma Escola Estadual Integral localizada no sul do Espírito Santo. Os temas foram escolhidos pelos próprios discentes, podendo destacar: automutilação, bullying e suicídio. As psicólogas brasileiras Maria Helena Souza Patto e Ana Lucia Coelho Heckert contribuíram na discussão ao apresentar análises da educação brasileira na contemporaneidade, possibilidades de criação e mudança frente à biopolítica, como exercício de pensamento contestador nesse questionar da vida, impulsionando modos de vida mais éticos e que engendrem práticas de liberdade. Conclui-se que o próprio exercício da vida é um desafio, políticas de medo e preconceito conduziram a práticas de medicalização e judicialização da vida, tudo isso em nome de um certo modo hegemônico e legitimado de ser. Portanto, as análises apresentadas se inclinam no sentido de cuidar do outro, evocando um pensamento questionador e inerente aos processos. Palavras-chave: Discurso, educação, escola.