EXPERIÊNCIAS DAS PRÁTICAS DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 3 - ALGUMAS PERCEPÇÕES REFLEXIVAS Janice Maria Rupolo Iapp janicemariarupolo@hotmail.com Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Campo Novo do Parecis Izabel Cristina da Silva Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Campo Novo do Parecis Cleverson Felipe de Zorzi Cambrussi Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Campo Novo do Parecis Ana Paula Truzzi Mauso Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso Campus Campo Novo do Parecis Eixo Temático: Formação inicial e continuada de professores Resumo Este trabalho tem por objetivo socializar nossas percepções reflexivas sobre o terceiro estágio curricular supervisionado em relação à nossa formação inicial, enquanto acadêmicos do curso de Licenciatura em Matemática do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso - Campus Campo Novo do Parecis (IFMT/CNP). No Estágio de Prática Pedagógica 3 (EPP 3) realizamos observações em sala de aula com carga horária de 10 horas e, ainda exercendo o papel de professores regentes com total de 40 horas nas turmas de 1º anos do Ensino Médio, na Escola Plena Estadual Padre Arlindo Ignácio de Oliveira, em Campo Novo do Parecis/MT. Iniciamos as atividades do EPP 3 no mês de abril e, concluímos com as regências em maio de 2018. Esta foi a nossa primeira experiência docente com alunos do ensino médio nas turmas de primeiros anos. Outra situação interessante proporcionada por esse estágio foi o contato com o modelo de escola plena, recém implantado em Campo Novo do Parecis. Tivemos nossas experiências reflexivas: ter contato com os alunos e professora regente em sala de aula (a mesma para as três turmas); identificar as metodologias e recursos utilizados pela professora nas suas aulas durante nossas observações; revisar os nossos conhecimentos matemáticos e, também, aprender como trabalhá-los com os alunos dos primeiros anos do ensino médio, tendo a percepção de suas dificuldades e, empecilhos que circundam o processo de ensino e aprendizagem, nos fazendo acreditar na busca incessante pela melhoria da nossa aprendizagem e, da aprendizagem de nossos alunos. Percebemos assim, em contato com os alunos, as habilidades e dificuldades enfrentadas por cada um e, tentamos apresentar formas de facilitar a compreensão dos conteúdos matemáticos, respeitando o ritmo de aprendizagem, a interação existente entre eles. Nesses momentos de observações e, principalmente, quando exercemos o papel de regentes, vivenciamos as diferentes realidades existentes no interior de uma sala de aula, a agitação e heterogeneidade de conhecimentos. Diversos momentos foram marcantes em nossa experiência docente: conseguir explicar um conteúdo matemático e, perceber que o aluno entendeu; a sensação que permanecia de ser chamado (a) de professor (a), também nos chamando a atenção a falta de respeito por parte de alguns alunos com relação à professora regente, nos fazendo pensar que se uma professora experiente e com anos de profissão não conseguia cativar os alunos, como nós mero estagiários conseguiríamos tal proeza? Nesse momento, percebemos que esse período do estágio de prática pedagógica proporcionado pela graduação seria extremamente importante para o nosso futuro como professores e, deveríamos aproveitar cada segundo ali para aprender tudo o possível para nos exercermos a nossa docência. Outro momento de grande aprendizado proporcionado por esse estágio foi a inserção em uma escola que iniciou os seus trabalhos como escola plena no início do ano de 2018. O sistema de ensino proporcionado por esse modelo de escola traz muitas novidades quando comparado às outras escolas que já estagiamos. O número de aulas de matemática, a forma como é trabalhado as práticas pedagógicas, as interações socioculturais entre os membros da escola, o ensino integral etc. Foi necessário para nós compreendermos em que há momentos de autonomia dos alunos em relação aos conteúdos estudados, os chamados estudos orientados; compreender também a dinâmica das chamadas aulas eletivas e, o fato de ser um ensino integral, os professores não deveriam solicitar trabalhos e tarefas para que os mesmos fizessem em casa. Muitas vezes os alunos utilizavam as aulas da disciplina de Estudo Orientado para finalizar as atividades envolvendo conteúdos matemáticos não terminados em sala de aula, ou ainda, o conteúdo de outras disciplinas. Em nosso estágio fomos até que um pouco ousados, como tinham as aulas Práticas, aplicamos aos alunos uma aula diferenciada. Confeccionamos um bingo referente ao conteúdo matemático trabalhado, percebemos que através de brincadeiras envolvendo o ensino da matemática, os alunos conseguem aprender e interagir de forma prazerosa. Pudemos perceber que ser professor não é uma tarefa fácil, pois todos os dias encontramos desafios diferentes, maneiras diferentes de serem trabalhadas, sistemas de ensino diferentes. Mas, é durante o estágio que realmente vamos decidir se realmente iremos exercer a docência. Acreditamos que as experiências vivenciadas durante a graduação promovem, sem sombra de dúvida, uma melhoria em nossa formação, nos tornando mais confiantes para exercermos a profissão docente, para sermos bons professores de matemática. Avaliamos que a prática do EPP 3 é um período de extrema importância durante a graduação e, além de ter contribuído para o nosso crescimento pessoal, superando nossas expectativas e reforçando nosso desejo de sermos professores e bons professores, comprometidos e preocupados em sempre aprender para melhor ensinar. Palavras-chave: formação inicial; estágio supervisionado; ensino de matemática; escola plena. Referências: ANTUNES. C. Como transformar informações em conhecimentos. Rio de Janeiro: Vozes, 2001. ESCOLA ESTADUAL PADRE ARLINDO IGNÁCIO DE OLIVEIRA. Projeto Político Pedagógico. Campo Novo do Parecis- MT, 2015. (Documento interno da unidade escolar).