Reflexões a partir da implementação do PIBID em três formatos distintos: Disciplina Eletiva, Oficina e Clube. Renata Lima Silva/ rehhsilva78@gmail.com /UFCA Francisco Henrique Salvador/ UFCA Doanny Lira do Vale/ UFCA Marcus Aurelius Batista Freire/ UFCA Carine Rodrigues Nogueira/ UFCA Cleyton Vieira Fernandes/ UFCA Eixo Temático: Processos de Ensino e aprendizagem - com ênfase na inovação tecnológica, metodológica e práticas docentes. Resumo O presente trabalho é resultado de relatos de experiências vivenciados em três escolas de ensino médio da cidade do Juazeiro do Norte (CE), sendo duas delas de tempo integral. Seu principal objetivo é de apontar as principais diferenças entre a implementação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), subprojeto em Música, sob o formato de Disciplina Eletiva, Oficina Livre e Clube, segundo a nomenclatura própria das escolas públicas da rede estadual de ensino, além de registrar e contextualizar a incidência de evasão e assiduidade dos alunos diante do que lhes é proposto. Foram encontradas diversas maneiras de trabalhar com o projeto, onde surgiram abordagens relevantes para abrir uma discussão de qual seriam as opções metodologicamente viáveis para o melhor desempenho e aproveitamento do discente submetido às atividades propostas. NASCIMENTO, C. A. G, et al, diz em seu artigo Experiências de ensino-aprendizagem no programa PET: a prática coletiva como instrumento de formação musical, que "O homem, como ser social, necessita da intrínseca condição de relacionar-se por estar em constante integração com o meio em suas práticas sociais e culturais." O PIBID é uma iniciativa que visa melhorar e valorizar a formação de professores para a educação básica justamente por essa condição que dá aos bolsistas, supervisores e discentes de promoverem essa relação humana e social. Nas propostas dadas pelos supervisores o bolsista deve manter um planejamento feito para atender as necessidades coletivas e particulares dos alunos. Apesar disso, nota-se que as políticas públicas atualmente praticadas não disponibilizam verbas suficientes para atender a demanda de infra-estrutura necessárias. Todavia, observou-se que o apoio do corpo docente e da comunidade escolar são importantes aliados dos bolsistas no desenvolvimento do projeto. O texto refere-se às ações que vêm sendo realizadas desde agosto de 2018 e que atende atualmente alunos de todos os anos e turnos na Escola de Ensino Médio Governador Adauto Bezerra; 1º e 2º ano na Escola de Ensino Médio de Tempo Integral Tiradentes e, por fim, na Escola Presidente Geisel Polivalente, sendo ofertadas atividades musicais de aprendizagem em violão básico e flautas, além dos corais, comum a todas as escolas. Avaliou-se a proposta de realização dos trabalho nas escolas, nos modelos que foram oferecidos pelos supervisores, constatando-se as seguintes características: a) A Eletiva na E.E.M.T.I. Presidente Geisel Polivalente possui o mesmo caráter de outras disciplinas obrigatórias, como avaliação, autonomia metodológica, aulas de campos e acesso ao cronograma acadêmico. Há necessidade de assiduidade mínima dos alunos e bolsista, no propósito de apresentar resultados. Portanto, não é permitido a troca de eletiva. b) O caráter instituído na E.E.M. Governador Adauto Bezerra de oficinas, não obriga os alunos participantes a nenhum tipo de método avaliativo ou de assiduidade, cabendo aos bolsistas abordar diferentes estratégias para manter a fidelidade dos mesmos. c) Na E.E.M.T.I. Tiradentes as atividades proporcionadas pelo PIBID são conduzidas no formato de clubes estudantis. Neste formato o aluno de período integral necessita preencher a sua carga horária, as quais são organizados pelos alunos ou por bolsistas. Os pesquisadores notaram que o Clube não apresenta caráter avaliativo, porém, necessita que o cursando apresente uma assiduidade mínima de 70% podendo o aluno trocar de Clube após a sua inscrição. O modelo de oficina utilizado pela escola E.E.M. Governador Adauto Bezerra foi instaurado devido a mesma funcionar ainda por turnos, o que leva a problemas como a evasão. Tal problema não foi encontrado na E.E.M.T.I. Presidente Geisel Polivalente e visto em baixa proporção na E.E.M.T.I. Tiradentes. Tanto a oficina como o clube não apresentam avaliação, mas foi notado que isso não afetou os seus rendimentos, os alunos se sentem mais livres e seu comprometimento é maior. Enquanto que na eletiva, por conta do processo avaliativo, nota-se o risco da desmotivação, caso o bolsista não se atente no planejamento. Na discussão que será levantada, será contextualizado cada modalidade de ensino perante as necessidades pedagógicas, estruturais e curriculares de cada escola. E será apresentado um questionário aos alunos para que eles tenham a oportunidade de avaliar o programa em que estão participando, oferecendo aos pesquisadores indícios de qual o modelo de execução é o mais adequado para determinada situação. Palavras-chave: Pibid; Educação Musical; Ensino Público. Referências CHAGAS, Antônio; ALMEIDA, Robson. Educação Musical e práticas instrumentais- Juazeiro do Norte, CE: UFCA, 2016. STOCCHERO, M.A. A Experiência do Pibid Música na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul: ação, reflexão e adaptação. UFMS. 2015. NASCIMENTO, C. A. G, et al. Experiências de ensino-aprendizagem no programa PET: a prática coletiva como instrumento de formação musical. In: MATTOS, Márcio, et al. Conexões de saberes musicais. Juazeiro do Norte, CE, Quadricolor, 2013. SWANWICK, Keith. Ensinando Música Musicalmente. Trad. Alda Oliveira e Cristina Tourinho. São Paulo. Moderna, 2003. FONTERRADA, Marisa Trench de Oliveira. De tramas e fios: um ensaio sobre música e educação. 2ed. São Paulo: Editora UNESP; Rio de Janeiro: Funarte, 2008.