O PRESENTE ESTUDO VISA COMPREENDER COMO A ANÁLISE DISCURSIVA SOBRE REPRESENTAÇÕES DE MASCULINIDADES NEGRAS NO CINEMA PODE CONTRIBUIR PARA UMA EDUCAÇÃO ANTIRRACISTA. ATRAVÉS DO FILME CORRA! (2017). PARA TANTO, UTILIZAMOS COMO APARATO TEÓRICO E METODOLÓGICO O MODELO TRIDIMENSIONAL DE ANÁLISE DE DISCURSO PARA APONTAR POSSÍVEIS PONTOS DE DIÁLOGOS QUE CONTRIBUAM PARA REFLEXÃO SOBRE ESTEREÓTIPOS RACISTAS. A PESQUISA BUSCA LANÇAR UM OLHAR CRÍTICO PARA A REPRODUÇÃO DA IMAGEM ESTIGMATIZADA DO HOMEM NEGRO NO CINEMA, INDICAR POSSÍVEIS APROPRIAÇÕES PEDAGÓGICAS DO FILME A FIM DE CONTRIBUIR COM A MUDANÇA NO IMAGINÁRIO SOCIAL CONSTRUÍDO SOBRE O HOMEM NEGRO. ESPECIFICAMENTE, FOCALIZAMOS A REPRODUÇÃO DISCURSIVA DE ESTEREÓTIPOS RACIAIS ACERCA DOS HOMENS NEGROS PROVENIENTES DE UM PENSAMENTO COLONIAL. OS PRINCIPAIS ESTUDOS INDICAM QUE A MASCULINIDADE HEGEMÔNICA É BRANCA, HETEROSSEXUAL E BURGUESA, PORÉM, O PRIVILÉGIO SOCIAL PELA CONDIÇÃO DE GÊNERO NÃO É COMPARTILHADO POR TODOS OS HOMENS DE MANEIRA ANÁLOGA, VISTO QUE O QUESITO CLASSE, ETNIA, RELIGIÃO OU ORIENTAÇÃO SEXUAL, RECONFIGURA O STATUS E PODER SOCIAL. OS RESULTADOS PRELIMINARES APONTAM ATRAVÉS DA ANÁLISE DA OBRA QUE O CINEMA PODE SE CONSTITUIR COMO UM IMPORTANTE MATERIAL DIDÁTICO PARA MEDIAR REFLEXÕES SOBRE AS IDEIAS CIRCULANTES DA MASCULINIDADE NEGRA E ROMPER COM A VISÃO (HEGEMÔNICA) HISTORICAMENTE SUSTENTADA PELOS GRUPOS DOMINANTES. BUSCAMOS, POR MEIO DESSE TRABALHO, DAR VISIBILIDADE ÀS PRODUÇÕES QUE ENVOLVEM O TEMA DA MASCULINIDADE NEGRA, ESCASSAS NO AMBIENTE ACADÊMICO, BEM COMO FOMENTAR DISCUSSÕES E REFLEXÕES ACERCA DOS DESDOBRAMENTOS PLURIANGULARES QUE O TEMA PROPOSTO INSCREVE NO CONTEXTO CINEMATOGRÁFICO CONTEMPORÂNEO.