O campo de formação docente tem sido marcado por um intenso debate sobre a profissionalização. Na Geografia, as discussões por muito tempo foram marcadas pelo dualismo entre a Geografia tradicional e crítica. Para além disso, na contemporaneidade, a formação docente ganha novos contornos, uma vez que a profissionalização não está associada apenas ao domínio do conhecimento específico. Assim, é importante compreender temas emergentes relevantes para o campo da formação docente no contexto da Geografia, tal como a indução docente. Nesse contexto, este artigo parte do pressuposto de que hoje, ao mesmo tempo em que a Geografia escolar tem perdido espaço nas orientações curriculares recentes, a formação docente está sendo redefinida em função de outros horizontes formativos. Para a discussão aqui proposta, foi adotada, como procedimento metodológico, a abordagem qualitativa, por meio de pesquisa bibliográfica e de análise documental, levando-se em consideração a Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019 e o referencial científico de Callai (2006), Cavalcanti (2006), Alhija (2010), Diniz-Pereira (2013), Arcão e Roldão (2014), Menezes e Kaercher (2015), Nóvoa (2019), Cruz (2019; 2020); dentre outros. De modo geral, este é um estudo que se debruça sobre a problemática da formação do professor de Geografia frente ao processo de indução profissional, considerando os “novos” sentidos da profissão docente na atualidade.